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MÉTODOS DE BARREIRA

MÉTODOS DE BARREIRA

1 - AGENTE ESPERMATICIDA

O objetivo dos agentes espermaticidas é imobilizar e destruir os espermatozóides, dificultando ou impedindo a penetração desses no canal cervical. Geralmente as geléias, pomadas e cremes espermaticidas são utilizados em associação ao diafragma ou ao capuz cervical. O Monoxinol-9 a 5% é a substância ativa mais utilizadas em espermaticidas. Não é um método muito efetivo se usado isoladamente. Este método pode causar irritação vaginal e alteração da flora vaginal, por esse motivo não é recomendado com o objetivo de prevenir a transmissão de DST, e não deve ser usado em mulheres de alto risco para HIV, infectadas pelo HIV ou que sejam portadoras de AIDS.

Observações:

Deve ser aplicada na vagina 10 a 30 minutos antes da relação.
A eficácia do método isolado é muito baixa.
Entre os efeitos adversos estão as alergias que ocorrem em 1 a 5% das usuárias.
Duchas vaginais pós-coito, mesmo contendo espermaticidas não têm eficácia anticoncepcional.

2 - PRESERVATIVO MASCULINO (Camisinha, Condom Masculino, Camisa-de-Vênus)

É um dos métodos anticoncepcionais mais difundidos no mundo. Esse método como contraceptivo não figura entre os mais eficazes (a taxa de falha é de 5 a 12%), podendo ter índices de falha muito maiores conforme o usuário (as taxas de gestação são maiores em adolescentes e pessoas menor escolaridade). Entretanto o CONDON tem um papel importantíssimo na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, principalmente o HIV.

Vantagens:

relativo baixo custo
fácil aquisição
praticidade
prevenção das doenças sexualmente transmissíveis
não oferece riscos à saúde ou complicações médicas

Riscos:

Ocasionalmente pode causar alergia. 
A eficácia do preservativo está diretamente ligada à qualidade do produto e ao seu uso correto. Para isso, observar o que segue: 

O preservativo deve ser usado em todas as relações
Para colocar , desenrolar todo o condom sobre o pênis ereto, deixando um espaço de 2 cm na ponta (sem ar), para servir de reservatório para o esperma

Colocar o condom antes do contato do pênis com a vagina, pois o líquido seminal pré-ejaculatório pode conter espermatozóides.

Após a ejaculação o pênis deve ser retirado da vagina antes de ficar flácido, tendo o cuidado de segurar a camisinha na base do pênis evitando que haja vazamento de esperma.
Usar uma camisinha para cada relação. A camisinha não pode ser reaproveitada.

3 - PRESERVATIVO FEMININO (Condom Feminino)

É um método relativamente novo de anticoncepção. O índice de falha é em torno de 18 a 25%, já tendo sido observadas falhas de no mínimo 12% em um ano.

Tem a vantagem de também proteger contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Anel Externo (Outer Ring) - cobre a parte externa da vulva
Anel Interno (Inner Ring) - é colocado no fundo vaginal (semelhante ao diafragma)

O anel interno é apertado entre os dedos para inserção; coloque o dedo indicador entre o dedo médio e polegar.
Com o dedo indicador certifica-se que o condon está corretamente colocado e que não está torcido O aro externo fica para fora da vagina.
Vantagens: é um método de barreira que diminui o risco das doenças sexualmente transmissíveis.
Desvantagens: índice de falha relativamente alto quando comparado com métodos hormonais tem alto custo, muitas mulheres referem ter dificuldade para correta inserção.

4 - DIAFRAGMA

É uma membrana côncava que é colocada na vagina e encobre o colo do útero.
Deve ser colocado entre o fórfice vaginal posterior (fundo de saco vaginal atrás do colo do útero) e anteriormente vai até o púbis .
Colocação e posicionamento correto do diafragma.

O diafragma tem diversos tamanhos (variam de 5 a 10,5 cm). O ginecologista mede, com anéis medidores, o tamanho adequado para cada paciente. É papel do médico orientar a paciente quanto a correta colocação e remoção do diafragma.
Anéis medidores, para a escolha do tamanho do diafragma.

Os índices de falha podem ser tão baixos quanto 2% e podem ir até 23%. A falha típica por ano é em torno de 18%. Não figura entre os métodos mais eficazes, sempre devem ser associados com um espermaticida. Não são recomendados para mulheres de alto risco para HIV, infectadas pelo HIV ou que tenham AIDS.

Cuidados com o uso do diafragma:

Deve ser sempre associado a produtos espermaticidas 
Estudos quanto ao tempo ideal para colocação e retirada do diafragma não existem.
Após a remoção o diafragma deve ser lavado em água morna e sabão neutro, secado e guardado em seu estojo.
Pode ser pulverizado com pó de amido.

NÃO DEVEM SER USADOS TALCOS PERFUMADOS, NEM VASELINA.

As orientações a seguir são baseadas em experiências clínicas:

Estudos quanto ao tempo ideal para colocação e retirada do diafragma não existem
Não deve ser inserido mais de 6 horas antes da relação
Deve ser deixado no local no mínimo 6 horas após a relação, mas não mais do que 24 horas
Não deve ser feita ducha vaginal após a relação

5 - ESPONJA VAGINAL

A esponja vaginal é um sistema que libera o espermicida nonoxynol-9. A esponja deve absorver o sêmen e bloquear a entrada dos espermatozóides no canal cervical. Cerca de 20% do espermicida é liberado em 24hs. Deve ser colocada imediatamente antes do ato sexual, devendo ser umedecida antes da inserção para ativar o espermicida.

Não é encontrada no Brasil, somente no exterior (TODAY ® sponge).

Efeitos adversos incluem reações alérgicas no local, com secura vaginal, leucorréia ou coceira.

A taxa de falha é de 18 a 28%, sendo maior em multíparas.

NÃO É CONSIDERADO UM MÉTODO EFICAZ.














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MÉTODOS COMPORTAMENTAIS OU DE ABSTINÊNCIA PERIÓDICA

MÉTODOS COMPORTAMENTAIS OU DE ABSTINÊNCIA PERIÓDICA

Nestes métodos utiliza-se a abstinência sexual durante os dias do ciclo menstrual em que o óvulo pode ser fertilizado.

1 - TABELA DE OGINO-KNAUSS (Tabelinha)

Método conhecido como do calendário ou tabelinha. Consiste em suspender as relações sexuais no período fértil da mulher. Esse método é baseado na premissa de que os ciclos menstruais são relativamente constantes e por isso o período fértil do mês subseqüente pode ser estimado pelo ciclo anterior.

Para a utilização deste método a mulher deve anotar pelo menos os 6 últimos ciclos e a partir daí estimar o início de período fértil subtraindo 18 dias do comprimento do ciclo mais curto, e estimar o fim do período fértil subtraindo 11 dias do ciclo mais longo.

Exemplo:

Uma mulher que anotou seus ciclos menstruais durante 6 meses, e teve um ciclo que chegou até 33 dias, e outro, mais curto de 26 dias, deverá:

Subtrair (diminuir) 18 dias do ciclo mais curto de 26 dias (26 - 18 = 8)
Subtrair (diminuir) 11 dias do ciclo mais longo de 33 dias (33 - 11 = 22), então, esta mulher deverá fazer abstinência a partir do 8º dia até o 22º dia do ciclo.

Observações: O índice de falha deste método é muito grande, aproximadamente 40 por 100 mulheres/ano
Esse método só é válido para mulheres com ciclos regulares. Algumas mulheres usam o método da tabelinha associado a outros métodos. Algumas mulheres usam o método da tabelinha associado a outros métodos

2 - MÉTODO DE BILLINGS OU DO MUCO CERVICAL

Assim como no método da tabelinha, este também exige que a mulher não tenha relações no seu período fértil. Para detectar o seu período fértil, neste método, a mulher precisa observar e reconhecer o tipo de secreção presente no colo do útero. A mulher deve ser orientada a respeito das mudanças que o estrogênio provoca no muco cervical na metade do ciclo. O muco cervical aumenta em quantidade, fica filante e transparente no período ovulatório, lembrando o aspecto de clara de ovo. O papel do muco cervical é proteger os espermatozóides do meio ácido vaginal e também capacitar os espermatozóides para poder haver fertilização. Após a ovulação o muco fica branco, opaco e denso o que é o sinal de que a ovulação já terminou. Para examinar a consistência do muco cervical, se distende o muco entre os dedos.

O método é limitado pois sua eficácia como contraceptivo é pequena. Para sua utilização é necessário treinamento e disciplina, além do que várias doenças (tais como os corrimentos) interferem na qualidade do muco.

3.1 - MÉTODO DA TEMPERATURA BASAL

Esse método é baseado na alteração térmica que o corpo apresenta quando ocorre a ovulação. A temperatura se eleva devido ao aumento da progesterona.

Por ocasião da ovulação acontece uma ligeira queda na temperatura corpórea e após há uma elevação de aproximadamente 0,5 °C em relação às medidas basais (as da primeira fase do ciclo). Esta permanecerá elevada até a próxima menstruação.

O terceiro dia após a elevação da temperatura é considerado o fim do período fértil.
Observe que nos 14 dias após a ovulação a temperatura é superior.
A temperatura basal deve ser medida diariamente, antes da mulher se levantar pela manhã, com um termômetro clínico, bucal ou retal. Anota-se a temperatura em um gráfico semelhante ao da figura acima.

Existem vários problemas comuns que alteram a temperatura corpórea e dificultam a confecção do gráfico, por exemplo: gripes, noites mal dormidas, necessidade de levantar freqüentemente à noite e outros.

3.2 - MÉTODO SINTOTÉRMICO

Este método une os outros métodos comportamentais (tabelinha, Billings e temperatura basal) para determinar o período fértil. Geralmente utiliza-se a tabelinha e o método do muco cervical para estimar o início do período fértil e a temperatura basal para estimar o final do período fértil.

Os métodos comportamentais têm como principais limitantes:
Taxas relativamente altas de gestação nas usuárias
Grande número de dias de abstinência sexual durante o ciclo
Existem entretanto casais que só aceitam a contracepção natural, os quais devem ser orientados criteriosamente para que obtenham a maior eficácia possível com esses métodos.


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MENOPAUSA E CLIMATÉRIO

MENOPAUSA E CLIMATÉRIO

O QUE É?

A menopausa é a última menstruação da mulher.
O climatério é a fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários.

A insuficiência ovariana é secundária ao esgotamento dos folículos primordiais que constituem o patrimônio genético de cada mulher. A diminuição dos níveis hormonais é um fato que ocorre com todas as mulheres e se inicia ao redor dos 40 anos. Algumas mulheres podem apresentar um quadro mais acentuado de sinais e sintomas, porém todas chegarão à menopausa.

A menopausa delimita as duas fases do climatério, o climatério pré- menopausa e o pós-menopausa.

A idade média das mulheres na menopausa é de 51 anos, podendo variar de 48 a 55 anos. Quando ocorre nas mulheres com menos de 40 anos é chamada de menopausa prematura.

A diminuição ou a falta dos hormônios sexuais femininos podem afetar vários locais do organismo e determinam sinais e sintomas conhecidos pelo nome de síndrome climatérica ou menopausal.

O QUE SE SENTE?

Os sintomas mais freqüentes são:

Fogachos ou ondas de calor, que causam uma vermelhidão súbita sobre a face e o tronco, acompanhados por uma sensação intensa de calor no corpo e por transpiração. Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia a dia.

Alterações urogenitais causadas pela falta de estrogênio que levam a atrofia do epitélio vaginal, tornando o tecido frágil a ponto de sangrar. Na vagina, a atrofia causa o estreitamento e encurtamento, perda de elasticidade e diminuição das secreções, ocasionando secura vaginal e desconforto durante a relação sexual (dispareunia). Modificações na flora vaginal facilitam o aparecimento de uma flora inespecífica que predispõe a vaginites. Outros efeitos indesejáveis ocorrem no nível da uretra e da bexiga, causando dificuldade de esvaziamento da mesma, perda involuntária de urina , ocasionando a chamada síndrome uretral, caracterizada por episódios recorrentes de aumento da freqüência e ardência urinária, além da sensação de micção iminente.

Alterações do humor, sintomas emocionais, tais como ansiedade, depressão, fadiga, irritabilidade, perda de memória e insônia devido às alterações hormonais que afetam a química cerebral.
Modificação da sexualidade com diminuição do desejo sexual (libido), que pode estar alterado por vários motivos, entre eles, a menor lubrificação vaginal.
Aumento do risco cardiovascular pela diminuição dos níveis de estrogênio.
O estrogênio protege o coração e os vasos sanguíneos contra problemas, evitando a formação de trombos que obstruem os vasos e mantendo os níveis do bom colesterol.

Osteoporose, que é a diminuição da quantidade de massa óssea, tornando os ossos frágeis e mais propensos às fraturas, principalmente no nível da coluna vertebral, fêmur, quadril e punho. Embora algumas mulheres possam não apresentar nenhum sintoma, alguma manifestação silenciosa da deficiência hormonal pode estar ocorrendo, como a perda de massa óssea que pode levar a osteoporose.É nos cinco primeiros anos após a menopausa que ocorre uma perda óssea mais rápida.



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INVESTIGAÇÃO DE INFERTILIDADE


INVESTIGAÇÃO DE INFERTILIDADE

Infertilidade é um problema que afeta o casal; portanto, a investigação deve ser realizada concomitantemente no homem e na mulher. Em aproximadamente 40% das vezes a causa da infertilidade estará exclusivamente no homem, em 40% exclusivamente na mulher, em 10% das vezes ambos terão diminuição da fertilidade.

Em 10% dos casais toda a investigação será normal, são os casos de infertilidade sem causa aparente. Espera-se que, com o passar dos anos, o entendimento das causas responsáveis pela infertilidade aumente e, com isso, diminua a proporção de casais nos quais não se consegue identificar a causa da ausência de gestação. A investigação dos casais inférteis deve resumir-se aos exames que, quando alterados, diagnosticam a causa da infertilidade.
Investigação do casal infértil
Fator masculino: Espermograma, recomenda-se 2 amostras, com intervalo de 3 meses. Tabela: Parâmetros de referência do espermograma, segundo a Organização Mundial da Saúde (Manual de Laboratório da OMS, 1992).
Volume
2ml
PH
7,2-7,8
Concentração
20 milhões por ml
Motilidade
50% progressivos (tipos A + B)
progressivos rápidos (tipo A)
25%
Morfologia
50% normais
Vitalidade
50% vivos
Leucócitos
1 milhão/ml

Fig. 3: Tabela Parâmetros de referência do espermograma, segundo a
Organização Mundial da Saúde (Manual de Laboratório da OMS, 1992).

Definir infertilidade de causa masculina pelo número e motilidade dos espermatozóides é mais difícil do que a simples interpretação de valores normais ou anormais da tabela acima.

É verdade que homens cujo espermograma apresente espermatozóides em número muito baixo (<5 milhões/ml) e motilidade diminuída (<20%) são fortes indicativos de fertilidade diminuída, entretanto, mesmo nestes casos ocorrem gestações. Outra dificuldade é a grande variabilidade na motilidade e concentração de espermatozóides em um mesmo indivíduo em períodos diferentes, por isso a recomendação de, pelo menos, dois espermogramas para o diagnóstico do fator masculino.

Padrões de normalidade do sêmen devem ser analisados para cada casal. A idade da mulher, a duração da infertilidade e a história de gestação prévia são importantes fatores para casais cujos homens têm espermograma com parâmetros abaixo do normal.
Sempre que a análise do sêmen estiver alterada, o paciente deverá ser encaminhado a um urologista para investigação mais detalhada.

Fator ovulatório: Na presença de ciclos menstruais regulares (menstruações com intervalos de 25 a 35 dias), provavelmente ovulatórios, a dosagem de progesterona na segunda fase, é uma comprovação indireta de ovulação. Em pacientes com ciclos regulares, sem galactorréia (saída de secreção tipo leite pelos mamilos) e/ou sintomas relacionados à doença da glândula tireóide, outros exames hormonais são dispensáveis.

Em conclusão, mulheres com ciclos mais freqüentemente irregulares devem investigar porque não ovulam. Sem ovulação não pode haver gestação. A investigação, geralmente, é realizada com dosagens hormonais em dias específicos do ciclo menstrual.

Fator Tubário/Peritoneal: A mulher deve ter algum exame comprovando a permeabilidade tubária. A histerossalpingografia (exame radiológico das trompas) é o exame de escolha para casais de baixo risco (sem história de doenças inflamatórias da pelve e de doenças sexualmente transmissíveis (DST)). Quando for necessária a avaliação do abdômen e da pelve (por dentro), a videolaparoscopia pode ser indicada. Os exames para verificação das condições das trompas podem algumas vezes propiciar a contaminação das trompas e da pelve por microorganismos, que estão na vagina e no colo do útero. Por isso, geralmente, são solicitados exames para se avaliar se a mulher está contaminada com bactérias tipo Chlamydia trachomatis, ou se se recomenda o uso de antibióticos antes da realização desses exames.

Se o espermograma estiver tão alterado que a gestação natural seja muito improvável, pode-se prescindir da avaliação tubária e peritoneal. Evita-se, desta forma, que a mulher seja submetida a exames invasivos, que não modificarão o tratamento do casal. Quando a investigação dos fatores masculino, ovulatório e tubário-peritoneal for normal, o diagnóstico é de Infertilidade sem causa aparente.
Uma série de outros exames diagnósticos são propostos para a investigação do casal infértil; entretanto, eles não devem ser realizados de rotina (ocasionalmente em centros de pesquisa).

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INSEMINAÇÃO INTRA-UTERINA


INSEMINAÇÃO INTRA-UTERINA

É a técnica mais simples de reprodução assistida. Nessa técnica, se manipulam em laboratório apenas os espermatozóides (gameta masculino).
Quando houver indicação de inseminação intra-uterina, o marido coleta o sêmen em laboratório, por masturbação. O sêmen é preparado também em laboratório.
Preparar ou capacitar o sêmen significa separar os espermatozóides móveis e normais do líquido seminal, dos espermatozóides mortos e imóveis.
A inseminação intra-uterina está indicada em casos de infertilidade sem causa aparente (quando a mulher é jovem) e naqueles casos de fator masculino leve, quando após o preparo do sêmen se obtém um mínimo de 5 a 10 milhões de espermatozóides móveis.
Freqüentemente se associa a inseminação intra-uterina à indução da ovulação na mulher.

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INFERTILIDADE

INFERTILIDADE

CASAL INFÉRTIL

O casal infértil é aquele que, com mais de um ano de relações sexuais desprotegidas (sem uso de método anticoncepcional) e freqüentes, não conseguiu engravidar.

INCIDÊNCIA

Dez a 20% da população de casais tem problemas para procriar. A incidência de infertilidade é diretamente proporcional a idade da mulher. No Brasil existem cerca de 15 milhões de casais inférteis.

GRAU

A infertilidade pode ser primária ou secundária:

Infertilidade Primária: O casal nunca engravidou antes.

Infertilidade Secundária: O casal já teve uma gestação anterior.

CAUSAS

A infertilidade pode ser devido a:

Causa feminina (aproximadamente 30%)
Causa masculina (aproximadamente 30%)
Causa mista - masculina e feminina (aproximadamente 30%)
Infertilidade sem causa aparente (aproximadamente 10%)
Infertilidade Feminina

Causa ovulatória:
Quando não ocorre a ovulação. Nesses casos, geralmente o ciclo é irregular. A anovulação (ausência de ovulação) pode ser de causa central ou periférica.

Causa Tubária:

Quando as trompas têm funcionamento inadequado ou estão obstruídas. Pode ser secundária à infecção pélvica, após cirurgias na pelve ou endometriose.

Causas uterinas:
Alterações anatômicas do útero como septos, miomas, pólipos endometriais, infecções uterinas.

INVESTIGAÇÃO DOS FATORES FEMININOS

Fator Ovulatório
Regularidade do ciclo menstrual
Dosagem de progesterona na 2ª fase do ciclo
Biópsia de Endométrio
Pode haver indicação de outros exames hormonais 
Fator Tubáreo e peritoneal
Histerossalpingografia (Rx contrastado da cavidade uterina e trompas)
Histerossonosalpingografia (Avaliação da permeabilidade tubária por método ultrassonográfico)
Videolaparoscopia
Fator Uterino
Histerossalpingografia
Histeroscopia (visualização da cavidade uterina)

INFERTILIDADE MASCULINA

Avaliação
História de gestações anteriores
Consulta com urologista
Espermocitograma
VALORES NORMAIS DO ESPERMOGRAMA SEGUNDO OS CRITÉRIOS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE
Volume: 1,5 - 6 ml
ph: 7 - 8
Concentração: > 20 milhõe/ml
Motilidade: > 50%(a + b) > 25% (a)
Morfologia: > 30% normais
Vitalidade: > 50%
Leucócitos: 1milhão/ml
INFERTILIDADE SEM CAUSA APARENTE

Sempre que os ciclos forem ovulatórios, o espermograma normal e as trompas tiverem função adequada, estaremos frente ao diagnóstico de Infertilidade Sem Causa Aparente.

Tratamentos

Os tratamentos são dirigidos à causa da infertilidade. Seu médico, após a investigação poderá lhe orientar sobre as diversas possibilidades terapêuticas.

FATORES PROGNÓSTICOS NOS TRATAMENTOS PARA INFERTILIDADE
Idade da mulher:

Provavelmente é o fator prognóstico mais importante para o sucesso dos tratamentos. Mulheres após os 40 anos apresentam diminuição significativa da fertilidade.

Tempo de infertilidade:
O prognóstico é melhor quando existe menos de 3 anos de infertilidade, principalmente naqueles casais com infertilidade sem causa aparente.

Infertilidade secundária:

São casos considerados de melhor prognóstico quando o casal já tem filhos.

INFERTILIDADE - Introdução

A Reprodução Humana é uma das áreas com maior progresso dentro da medicina. Desde o nascimento do primeiro bebê de proveta no mundo, em 1978 (Louise Brown, nascida na Inglaterra, sob os cuidados dos doutores Edwards e Steptoe), um enorme progresso na investigação e diagnóstico da infertilidade, assim como no desenvolvimento de modernos procedimentos, tem ocorrido.

Define-se, habitualmente, um casal infértil como aquele que não obtém gestação após manter relações sexuais, regularmente, pelo período de um ano, sem o emprego de qualquer método de anticoncepção. Nessas condições, um casal jovem (menos de 30 anos), tem em torno de 20% de chance de conceber a cada mês. Isto significa que é essencial aguardar certo período para permitir que o casal engravide de forma natural. Entretanto, mesmo aguardando um tempo adequado, 10 a 15% dos casais em idade reprodutiva apresentam dificuldades de gestar.

Deste percentual, apenas 5 % não conseguirão engravidar definitivamente. Para aqueles casais que estão incluídos nesses 5%, nenhum progresso nesta área terá sido válido. Agora, se nos dermos conta que, com ou sem a ajuda de profissionais da área de reprodução, 95% dos casais engravidarão se assim o desejarem, parece-nos um fato bastante estimulante. Contrapondo-se ao conceito, antes tão cultivado pela população em geral, de que a incapacidade de um casal gerar filhos decorria sempre de dificuldades inerentes à parceira, as pesquisas mais recentes demonstraram que, em um percentual significativo dos casos, o problema reside no homem.

E, por isso, independente do problema estar no homem ou na mulher, o profissional deve atender este casal como uma unidade e, portanto, ambos estão com dificuldades de gestar ao invés de imputar a "culpa" apenas a um deles. O profissional deve ter a sensibilidade de que a infertilidade é uma situação delicada e difícil, geralmente acompanhada de profunda frustração, determinando algumas vezes até a separação do casal. Se o casal não engravida com os tratamentos convencionais, geralmente é encaminhado para tratamento especializado da infertilidade.

A infertilidade é um problema do casal, sendo infértil o casal que não consegue obter gravidez após um ano de relações sexuais regulares, sem o uso de qualquer método anticoncepcional. Geralmente, os casais que estão tentando engravidar acham que é muito fácil conceber. Cabe ao médico orientar que a chance de gestação por ciclo, entre casais férteis, é em torno de 20%. Ou seja, engravidar não é tão fácil quanto parece!

A incidência de infertilidade na população, em geral, é em torno de 10 a 15%. Entretanto, os casos de infertilidade são muito mais freqüentes quando a idade da mulher é mais avançada.

PREVALÊNCIA DE INFERTILIDADE

IDADE DA MULHER

1 entre 7 casais
30 - 34 anos

1 entre 5 casais
35 ­ 39 anos
1 entre 4 casais
40 ­ 44 anos

Tabela: Prevalência de Infertilidade em casais, conforme a idade da mulher (modificado
de ESRHE, 1996).

Geralmente, espera-se 12 meses de relações regulares, sem o uso de método anticoncepcional, para se iniciar a investigação do casal. Após este tempo, 90% dos casais normais terão engravidado. Como a idade da mulher é o fator prognóstico mais importante para o sucesso dos tratamentos em infertilidade, em mulheres com mais de 35 anos, podemos iniciar a investigação após 6 meses de tentativas.

DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Infertilidade é a incapacidade de o casal engravidar após um ano de relacionamento sexual sem uso de contracepção.

A infertilidade é dita: primária quando o casal nunca concebeu e secundária quando já houve concepção
pelas alterações da flora intestinal.

O termo esterilidade refere-se ao homem ou a mulher e não ao casal - é a incapacidade de concepção por métodos naturais (ex. agenesia uterina (ausência do útero), azoospermia (ausência de espermatozóides no ejaculado)).

Reprodução Assistida é o termo utilizado para o conjunto das técnicas utilizadas no tratamento da infertilidade conjugal que envolve a manipulação em laboratório de, pelo menos, um dos gametas: espermatozóides ou óvulos.
As técnicas amplamente utilizadas são:

inseminação intra-uterina (IIU),
fertilização in vitro (FIV) e a injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI).

INCIDÊNCIA/PREVALÊNCIA

A prevalência de infertilidade parece não diferir através dos tempos; entretanto, atualmente, mais casais procuram tratamento. Aproximadamente, um em cada sete casais em países industrializados consulta por infertilidade. Taxas de infertilidade primária variam em diferentes países, variando de 10% na África a aproximadamente 6% nos Estados Unidos e Europa. Não existe avaliação precisa quanto à prevalência de infertilidade secundária.

INVESTIGAÇÃO

Sempre que o casal, ou um dos cônjuges, procura o médico querendo saber de suas possibilidades de gestação, estará indicada uma investigação inicial, devendo-se fazer uma triagem inicial com a história clínica. Quando na história clínica houver alguma causa óbvia de infertilidade (ex.: ciclos menstruais totalmente irregulares, ausência de menstruação, história de doenças sexualmente transmissíveis que possam ter comprometido as trompas, cirurgias prévias abdominais ou nos testículos, etc.), justifica-se fazer uma investigação mais detalhada e mais precoce.

A maioria dos casais não terá indicações médicas para investigação mais detalhada antes de um ano de tentativas, sendo apenas orientados a terem relações sexuais regulares, e voltarem à consulta caso não ocorra gestação em 12 meses.

Na primeira consulta, o médico aproveita para orientar medidas que melhorem as chances de uma gestação saudável:

Imunidade para rubéola?

Se a mulher não apresentar anticorpos para rubéola, ela deverá ser vacinada.
Tabagismo?

Piora a fertilidade, tanto no homem quanto na mulher, bem como o prognóstico da gestação.
Obesidade?

Mulheres com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 devem perder peso (Índice de massa corporal = peso/ altura2).
A mulher está usando ácido fólico (suplemento alimentar)?

Esta medicação diminui a incidência de fetos com defeitos do tubo neural se usada antes da concepção até a 12ª semana de gestação.

Bebidas alcoólicas: pioram a fertilidade tanto no homem quanto na mulher, bem como o prognóstico da gestação. Seu uso deve ser suspenso durante a gestação.

Drogas ilícitas?

Uso deve ser suspenso, pois interfere na saúde e também na fertilidade.

INFERTILIDADE: Perguntas Mais Frequentes

COMO É DEFINIDA A INFERTILIDADE?

A falha em conceber depois de 1 ano de relações sexuais não protegidas é, geralmente, definida como infertilidade. Este problema afeta entre 15 e 20% dos casais em idade reprodutiva.

2) QUANDO EU DEVERIA PREOCUPAR-ME COM INFERTILIDADE?

Para a maioria dos casais que estão tentando engravidar, a probabilidade de ter uma gravidez bem sucedida é de cerca de 25% durante o primeiro mês de tentativa. No final do primeiro ano de tentativas, cerca de 85-90% dos casais irão conceber. Os casais devem procurar ajuda médica, caso não consigam engravidar após 1 ano de relações sexuais, regulares, sem uso de métodos contraceptivos. No entanto, este período de tempo pode ser menor, caso a mulher tenha mais de 35 anos de idade. Mulheres com uma história de doença pélvica inflamatória, endometriose, abortamento, ciclos menstruais irregulares ou dolorosos, ou homens com uma contagem de espermatozóides sabidamente baixa, deveriam também fazer uma consulta com seus médicos.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE INFERTILIDADE PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA?

Infertilidade primária é a condição na qual a mulher nunca ficou grávida, apesar de estar há mais de 1 ano tendo relações sexuais sem proteção. Uma mulher com infertilidade secundária tem uma história de gravidez comprovada (nascido vivo, ectópica ou aborto) e, ainda assim, é incapaz de conceber depois de 1 ano de relações sexuais sem proteção.

O QUE VEM A SER INFERTILIDADE SEM CAUSA APARENTE?

Apesar dos testes e dos conhecimentos atuais, cerca de 10% dos casais que têm sido investigados intensamente não têm causa demonstrável de infertilidade. Esses casais são classificados como tendo infertilidade sem causa aparente.

TRATAMENTO DE INFERTILIDADE RESULTA SEMPRE EM NASCIMENTOS MÚLTIPLOS?

Não. A maioria dos tratamentos resulta no nascimento de um único bebê. Agora, é fato que a possibilidade de nascimentos múltiplos realmente é mais alta em mulheres sob tratamento para infertilidade.

QUAL É A EVIDÊNCIA DA HISTÓRIA DA PACIENTE QUE É SUGESTIVA DE OVULAÇÃO?

Menstruações regulares, entre 25 e 35 dias
Desconforto localizado no quadrante inferior do abdômen durante a ovulação.
Mastalgia (dor nas mamas).
Dismenorréia (dor no período menstrual) leve.

COMO INVESTIGAMOS A PERMEABILIDADE DAS TROMPAS?

A histerossalpingografia é um procedimento radiográfico ambulatorial, entre o final da menstruação e o período ovulatório (1/2 do ciclo). Um contraste radiopaco é injetado através do colo uterino para dentro da cavidade uterina. A medida que o contraste evolui do útero para as trompas e daí para a cavidade abdominal, realiza-se radiografias seriadas para, posteriormente, podermos analisar todo o trajeto. Este exame permite a avaliação da estrutura da cavidade endometrial, permeabilidade tubária e arquitetura das trompas.

QUANDO É APROPRIADO OFERECER LAPAROSCOPIA PARA UMA MULHER INFÉRTIL?

A laparoscopia permite a visualização endoscópica da anatomia interna feminina, permitindo, por isso, avaliar a pelve para adesões peritubáricas e periovarianas, endometriose e estruturas externas do útero. Geralmente, este exame é oferecido para uma mulher depois que o restante dos fatores femininos e masculinos já tenham sido investigados, uma vez que este é o único procedimento investigatório no qual a paciente deverá submeter-se à anestesia. Aderências, algumas alterações tubárias e implantes de endometriose são alguns exemplos de patologias que podem ser diagnosticadas e tratadas no transcorrer do exame.

A ENDOMETRIOSE É CAUSA DE INFERTILIDADE?

Apesar da endometriose ser uma condição ginecológica relativamente comum, afetando 5-10% das mulheres em idade reprodutiva, e uma causa documentada de dor pélvica e dismenorréia, a relação exata entre endometriose e infertilidade não é clara. Sabe-se que mulheres inférteis apresentam taxas maiores de endometriose. Quando a endometriose danifica estruturalmente as trompas, dizemos que a causa da infertilidade é tubária. Quando a endometriose é leve, dizemos que se trata de infertilidade sem causa aparente associada à endometriose.

O QUE É FERTILIZAÇÃO IN VITRO E TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES?

Fertilização in vitro é o processo no qual os óvulos (gametas femininos) são expostos aos espermatozóides (gametas masculinos), em laboratório, no interior de uma estufa que mimetiza o organismo feminino. Ocorre, então, a fertilização com divisões subseqüentes do pré-embrião. Após 2 a 3 dias, este pré-embrião é colocado na cavidade uterina para que possa ocorrer a implantação e a gravidez.

O QUE É A INJEÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZÓIDE (ICSI)?

Um único espermatozóide é injetado com uma micropipeta no interior do óvulo. Esta técnica é muito utilizada quando o problema está no homem (fator masculino grave). A taxa de implantação e de desenvolvimento dos embriões é semelhante à da fertilização in vitro convencional.

QUAIS AS ETAPAS PRINCIPAIS DE UM CICLO DE FIV/ICSI?

Estímulo controlado dos ovários.
Retirada dos óvulos por via transvaginal, anestesiada e monitorada por ultra-som.
Fertilização dos óvulos.
Cultura dos embriões até a clivagem (4-8 células)
Transferência transcervical dos embriões para dentro da cavidade uterina.

QUAL O PAPEL DO CONGELAMENTO DOS EMBRIÕES NA FIV E ICSI?

Com a hiperestimulação ovariana controlada, aproximadamente 40% das pacientes têm mais embriões do que se pode transferir. Os embriões excedentes podem ser armazenados em nitrogênio líquido, e ser transferidos mais tarde, em outro ciclo, dando ao casal infértil mais chances de gravidez.

Tratamento

O tratamento oferecido a estes casais deve ser progressivo. Procedimentos de baixo custo e pouco invasivos são os primeiros. Não ocorrendo a gestação, os tratamentos tornam-se progressivamente mais sofisticados, caros e invasivos.

Em revisão recente da literatura sobre a eficácia do tratamento da infertilidade sem causa aparente, concluiu-se que várias orientações terapêuticas são possíveis. Os casais devem ser esclarecidos quanto as opções e as chances de sucesso de cada tipo de tratamento para que participem ativamente das decisões.

Os tratamentos para infertilidade sem causa aparente preconizados são os seguintes: expectante, indução da ovulação (poliovulação), inseminação intra-uterina (IIU), indução de ovulação com inseminação intrauterina (IIU), fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de espermatozóides.
Com o tratamento expectante, existem relatos de gestação em até 4,1% dos ciclos iniciados. Os fatores que afetam o prognóstico da infertilidade sem causa aparente são a idade da mulher, o tempo de infertilidade e se a infertilidade é primária ou secundária.

Tabela: Índices cumulativos de gestação (%) após diagnóstico de infertilidade sem causa aparente em casais com infertilidade primária e secundária não tratados (Collins, 1989): Analisando a tabela quanto a resultados de gestação em casais com infertilidade sem causa aparente, observa-se que quanto maior o tempo de infertilidade menor a probabilidade de gestação, que mulheres com mais de 30 anos tem menos chance de gestação e que as taxas de gestação em casais com infertilidade secundária são quase o dobro do que quando a infertilidade é primária.

O tratamento da infertilidade conjugal é, sempre que possível, etiológico (trata-se a causa). Quando o tratamento etiológico não resultou em gestação e nos casos de infertilidade sem causa aparente o tratamento é determinado por alguns fatores prognósticos importantes em infertilidade (National Guideline Clearinghouse).

Idade da mulher
Tipo de infertilidade: Se é primária (o casal não tem gestações anteriores) ou secundária (casal já engravidou antes)
Tempo de Infertilidade

Conforme vemos na figura abaixo, naqueles casos de pior prognóstico a conduta é mais intervencionista, nos de melhor prognóstico a conduta costuma ser mais conservadora. [pág. 15/pdf]
Abordagem para o tratamento da infertilidade (IIU=inseminação intra-uterina; FIV=fertilização in vitro; ICSI=injeção intracitoplasmática de espermatozóides) (modificado de Barbieri,1999).

Evidentemente, algumas vezes tratar o fator etiológico (causal) já remete para tratamentos invasivos (obstrução tubária bilateral sem possibilidade cirúrgica ­ Fertilização in vitro-, azoospermia sem presença de células germinativas em biópsia testicular ­ IIU com sêmen de doador).

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INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO FEMININO

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO FEMININO

Sinônimo
Cistite

O QUE É?


É a inflamação superficial da mucosa da bexiga (mucosa vesical). É uma infecção muito freqüente nas mulheres. Estima-se que 25 a 30 % das mulheres adultas terão pelo menos um episódio de infecção urinária durante a sua vida.

COMO SE DESENVOLVE?

A contaminação do trato urinário em mulheres se dá por via ascendente a partir de germes que colonizam o intróito vaginal. As bactérias entram pela uretra e se localizam na bexiga. Elas podem permanecer e crescer na bexiga ou atingir outras partes do trato urinário como os ureteres e os rins, causando uma infecção do trato urinário superior.

O QUE SE SENTE?

Os principais sintomas incluem:

Disúria: sensação de ardência, dificuldade ou dor ao urinar.
Polaciúria: micções freqüentes, mesmo com pequeno volume de urina na bexiga.
Urgência miccional: sensação exagerada de vontade de urinar.
Desconforto suprapúbico.
Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
Hematúria: presença de sangue na urina.

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico baseia-se fundamentalmente no quadro clínico, mas deve ser realizada coleta da urina para cultura, antes de iniciar o tratamento, com o objetivo de confirmar o diagnóstico e prescrever o antibiótico adequado. Devem ser excluídas as vaginites, as doenças sexualmente transmissíveis e os divertículos na uretra, que podem simular uma cistite.

COMO SE TRATA?

Apesar da maioria das infecções urinárias baixas serem autolimitadas, o tratamento medicamentoso elimina rapidamente o germe causador e os sintomas. O uso da medicação em tratamentos breves de três dias geralmente é eficaz. Naquelas mulheres com infecção urinária de repetição ou infecção urinária pós-coito, deve ser instituída a profilaxia, usando baixas doses de antimicrobianos com boa concentração urinária.

COMO SE PREVINE?

Para prevenção recomenda-se a ingestão regular de líquidos e as micções periódicas e completas, principalmente após a relação sexual e nas mulheres que usam diafragma como método anticoncepcional. Realizar a higiene local sempre do sentido anterior para o posterior, e caso for necessário o uso de um lubrificante durante o ato sexual, que este seja à base de água.

PERGUNTAS QUE VOCÊ PODE FAZER AO SEU MÉDICO

Estou com infecção urinária e meu médico disse que existem algumas medidas gerais que eu deveria seguir para prevenir futuras infecções. Quais são elas?

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA

INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA

Sinônimo
Incontinência urinária de esforço ou estresse

O QUE É?


Incontinência é a perda involuntária de urina da bexiga em situações impróprias, devendo ser objetivamente demonstrável. A incidência de incontinência urinária na mulher aumenta com a idade, atingindo 25% após a menopausa.

A perda involuntaria de urina atua de forma devastadora na qualidade de vida da paciente e pode ser adequadamente tratada.

Estima-se que existam mais de 30 milhões de mulheres incontinentes só nos EUA.

COMO SE DESENVOLVE?

A perda de urina pode ocorrer de forma transitória, geralmente associada ao uso de fármacos, a infecções (infecção urinária, vaginites), a constipação ou problemas de deficiência hormonal, desaparecendo após o tratamento da causa subjacente; ou pode ser persistente ou definitiva com instalação e piora progressiva.

Muitas mulheres tornam-se incontinentes após o parto, histerectomia (cirurgia para retirada do útero) ou mesmo outros traumas na região pélvica.

Entre os tipos mais comuns de perda de urina existe a incontinência urinária de esforço ou estresse: a perda de urina ocorre quando há um aumento repentino da pressão intra-abdominal como tossir, espirrar, rir, pular, correr ou realizar algum esforço.

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico é clínico, baseado em uma história detalhada. Devemos investigar o inicio dos sintomas, descartando a presença de infecção urinária, cálculos, tumores, doenças associadas como DM, neuropatias e uso de medicamentos. Durante o exame físico pede-se para a paciente tossir, tentando reproduzir a perda urinária. Também pode ser realizado um teste onde um cotonete é inserido na uretra para determinar sua posição e mobilidade. Um exame de análise da urina deve ser realizado. Um teste urodinâmico vai determinar se existem outras alterações da bexiga e da uretra.

COMO SE TRATA?

O tratamento vai depender do tipo e das causas da incontinência urinária.
Inclui medidas gerais identificando as possíveis causas da perda de urina, tais como:

Perder peso.
Parar de fumar para diminuir a tosse crônica.
Tratar a constipação.
O alivio dos sintomas pode ser conseguido:
Com alguns medicamentos específicos.
Com a fisioterapia de exercícios para o assoalho pélvico, chamados de Exercícios de Kegel (pode melhorar até 75% dos sintomas).
Com o uso de cones vaginais com pesos diferentes.
Técnicas atuais incluem o uso de eletro-estimuladores.

Também podem ser usadas técnicas que injetam colágeno ao redor da uretra e mesmo cirurgias para corrigir o problema específico.

COMO SE PREVINE?

Para a prevenção deve-se instituir a rotina dos Exercícios de Kegel, principalmente após o parto vaginal e após cirurgias sobre a região pélvica.

PERGUNTAS QUE VOCÊ PODE FAZER AO SEU MÉDICO

Os exercícios perineais são úteis no tratamento da incontinência urinária?

Existem dispositivos que ocluem mecanicamente a uretra, controlando a perda urinária?

O tratamento medicamentoso pode ser uma alternativa a cirurgia no manejo da perda de urina?

A cirurgia é eficaz no tratamento da incontinência urinária?

Existe diferença de resultados entre as principais técnicas cirúrgicas?

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23.4.11

GRAVIDEZ ECTÓPICA

GRAVIDEZ ECTÓPICA

O QUE É?


Gravidez ectópica é a gestação que ocorre fora da cavidade uterina.

O QUE CAUSA?

As causas incluem todos os fatores que retardam ou impedem a passagem do ovo para a cavidade uterina. Podem ser:

fatores mecânicos, como as causas inflamatórias e suas conseqüências, os tumores ou anormalidades do desenvolvimento das trompas e as cirurgias sobre as trompas

fatores funcionais, que agem diminuindo a motilidade das trompas. Incluem o fumo, o próprio processo de envelhecimento e drogas hormonais como as indutoras da ovulação e a progesterona usada em mini-pílulas, a pílula do dia seguinte e o DIU contendo progesterona.

COMO SE DESENVOLVE?

A grande maioria das gestações ectópicas ocorre nas trompas. Na maior parte das vezes se localiza nas porções distais, principalmente na ampola.

A gravidez ectópica geralmente sofre interrupção (ruptura) entre 6 e 12 semanas, dependendo do local onde está implantada, sendo tanto mais precoce quanto menor o calibre da luz tubária do segmento em que estiver implantada.

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?

A gravidez ectópica pode representar uma emergência cirúrgica, portanto seu diagnóstico precoce é essencial. Na gravidez ectópica não interrompida, a paciente pode não ter sintomas ou ter sintomas mínimos.

Alguns exames podem ser realizados para diferenciar a gestação ectópica de outras doenças, tais como ameaça de aborto, gestação normal, infecções das trompas, apendicite, cisto de ovário torcido.

Os exames comumente solicitados são testes para confirmar a gravidez, exames de sangue para determinar a perda sanguínea e a presença de infecção e a ecografia pélvica transvaginal.

Podem ser necessários outros exames como a punção do fundo de saco vaginal com agulha grossa para determinar a presença de sangue dentro da cavidade abdominal e a realização de uma laparoscopia diagnóstica.

O QUE SE SENTE?

Os sinais e sintomas clássicos são:

história de atraso menstrual seguida por sangramento vaginal anormal
dor pélvica ou abdominal de intensidade variável
presença de massa palpável dolorosa em região de anexos (trompas e ovários).

Quando ocorre ruptura da gravidez ectópica, há uma hemorragia importante para dentro da cavidade abdominal, com a ocorrência de dor abdominal de intensidade variável, de tonturas, dor no pescoço, ombro e desmaio.

COMO SE TRATA?

O tratamento pode ser expectante naqueles casos onde a gravidez ectópica se localiza na trompa e ainda não rompeu, mede menos de 4 cm, não se constata a presença de batimentos cardíacos fetais e os níveis hormonais estão diminuindo.

O tratamento cirúrgico, que em alguns casos pode ser conservador, preserva a trompa e geralmente é realizado por laparoscopia, sendo a laparotomia uma medida muitas vezes salvadora em uma paciente com comprometimento hemodinânico (porque já houve sangramento importante para dentro da cavidade abdominal - sangramento oculto).

COMO SE PREVINE?

A prevenção da gravidez ectópica inclui fundamentalmente o tratamento das doenças sexualmente transmissíveis, o uso de métodos anticoncepcionais adequados e a prática de sexo seguro.

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GESTAÇÃO E TOXOPLASMOSE

GESTAÇÃO E TOXOPLASMOSE

Sinônimos/nomes populares
Doença do gato e gestação/gravidez

O QUE É?

A toxoplasmose é uma doença causada pelo parasita Toxoplama Gondii.

A maioria dos casos ocorre pelo contato com fezes e urina de animais (gatos).

A contaminação freqüentemente ocorre pela ingestão de carnes não bem cozidas que estão contaminadas pelo toxoplasma.

A importância da doença durante a gestação é o risco elevado de comprometimento fetal. Pode ocorrer:
abortamento, crescimento intra-uterino retardado (o feto cresce menos que o normal), morte fetal (morte após 20 semanas de gestação), prematuridade (nascimento antes de 37 semanas), malformações diversas: microftalmia (olhos pequenos), micro-encefalia (cabeça pequena), hidrocefalia, retardo mental, pneumonite, hepato-esplenomegalia (aumento com alteração da função do fígado e do baço), lesões de pele e calcificações dentro do cérebro.

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico da doença é difícil de ser realizado pela anamnese e exame físico. O médico sempre deve pensar neste diagnóstico nas pacientes com :

febre
linfadenomegalia (aumento dos linfonodos - ínguas)
mal-estar
história de contato com felinos ou ingestão de carnes pouco ou não cozidas.

Em adultos a doença pode ser assintomática, entretanto o parasita pode chegar ao feto através da placenta e comprometer o futuro fetal.

Exames de sangue são utilizados para o diagnóstico de infecção aguda (atual) ou crônica. Muitas pessoas têm ou tiveram toxoplasmose e não apresentam sintomas.

Mulheres que já tiveram a doença não correm risco de reinfecção na gestação. Só pacientes imuno-suprimidas podem reativar a doença durante a gestação.

Na gestante costuma-se solicitar exames para a detecção de dois tipos de anticorpos, o IgG e o IGM:

IgG é o marcador da imunidade ao parasita.
IgM é o marcador de infecção aguda pelo parasita.

As gestantes que têm anticorpos tipo IgG positivos têm imunidade para a doença.

TOXOPLASMOSE

Sinônimo:
Doença do gato.

O QUE É?

Trata-se de doença infecciosa causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii. Este protozoário é facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo.

A infecção nos humanos é assintomática em 80 a 90 % dos casos, isto é, não causa sintomas, e pode passar desapercebida naqueles pacientes cuja imunidade é normal. As defesas imunológicas da pessoa normal podem deixar este parasita “inerte” no corpo (sem causar dano algum) por tempo indeterminado.

No entanto, quando esta pessoa tornar-se imunodeprimida (com as defesas imunológicas diminuídas) por qualquer razão (AIDS, secundária a remédios usados para transplantados ou mesmo após uma doença muito debilitante) os sintomas e a doença toxoplasmose pode se manifestar.

Outro período particularmente de risco para se adquirir a infecção é durante a vida intra-uterina, da gestante para o feto (transmissão vertical). O feto pode ter afetada a sua formação quando contaminado.

COMO SE ADQUIRE A DOENÇA?

De quatro formas:

Por ingestão de cistos presentes em dejetos de animais contaminados, particularmente gatos, que podem estar presentes em qualquer solo onde o animal transita. Mais comum no nosso meio.

Por ingestão de carne de animais infectados (carne crua ou mal-passada), mais comum na Ásia.
Por transmissão intra-uterina da gestante contaminada para o feto (vertical).

Uma quarta forma de transmissão pode ocorrer através de órgãos contaminados que, ao serem transplantados em pessoas que terão que utilizar medicações que diminuem a imunidade (para combater a rejeição ao órgão recebido), causam a doença.

O QUE SE SENTE?
Aqui precisamos fazer distinção entre:

pessoas “imunocompetentes“ (com imunidade normal), e pessoas “imunodeprimidos“ (com a imunidade diminuída).

Naquelas pessoas que possuem a imunidade preservada ocorrem sintomas somente em 10% dos casos. Nestes casos a principal manifestação é a presença de linfonodos ou gânglios linfáticos aumentados : são as chamadas ínguas, que podem ocorrer em qualquer lugar do corpo onde existam gânglios (regiões inguinal, axilar, pescoço, etc), mas mais freqüentemente acometem o pescoço. Os gânglios ficam perceptíveis a simples visualização ou a palpação e são indolores. As manifestações podem ficar restritas a isto e são auto-limitadas, isto é, desaparecem espontaneamente.

No entanto alguns pacientes podem apresentar febre, dores nos músculos e articulações, cansaço, dores de cabeça e alterações visuais, quando ocorre comprometimento da retina (camada que reveste a face interna e posterior do olho que é rica em terminações nervosas sensíveis a luz), dor de garganta, surgimento de pontos avermelhados difusos por todo o corpo - como uma alergia, urticária e aumento do fígado e do baço; menos comumente ocorre inflamação do músculo do coração. Dores abdominais podem ocorrer quando houver comprometimento dos gânglios da região posterior do abdômen. Apesar de, na maioria das vezes estes gânglios desaparecerem espontaneamente, em alguns casos podem durar meses, bem como o cansaço e a fadiga.

Uma forma menos benigna de acometimento dos pacientes com imunidade normal é a já citada inflamação da retina (corioretinite).

Ela acontece no mais das vezes como decorrência da contaminação na vida fetal, manifestando-se na adolescência ou quando adulto jovem, raramente após os quarenta, mas pode - com muito menos freqüência - ocorrer na infecção aguda.

As pessoas com estes quadros apresentam visão borrada e pontos cegos no campo visual que podem permanecer ou até levar à cegueira do olho comprometido se não adequadamente tratado.

Após uma fase aguda de infecção, seja com manifestações mínimas (ínguas) ou não, a doença fica latente, como se estivesse “adormecida” assim permanecendo para sempre ou podendo reapresentar-se mais adiante espontaneamente ou como decorrência de uma queda do nível de imunidade.

A apresentação desta doença naqueles com imunidade diminuída, como já se poderia imaginar é muito mais agressiva. Particularmente mais comum neste grupo são os pacientes contaminados pelo vírus HIV-1 (vírus que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida, SIDA ou AIDS em inglês).

Em geral também ocorre por reativação de infecção latente.

Os sintomas nestes casos são manifestações de comprometimento do cérebro, pulmões, olhos e coração.

A apresentação mais comum decorre do comprometimento cerebral manifesta por dores de cabeça, febre, sonolência, diminuição de força generalizada ou de parte do corpo (metade direita ou esquerda) evoluindo para diminuição progressiva da lucidez até o estado de coma.

Se não tratados, estes casos evoluem para uma rápida progressão e morte.

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?

Por se tratar de doença com sintomas muito inespecíficos e comuns a muitas outras, o diagnóstico geralmente é feito por médicos com experiência na área. A confirmação do diagnóstico é feito por diversos testes sangüíneos, Os mais comuns são os que detectam a presença de anticorpos no sangue contra o Toxoplasma gondii.

TRATAMENTO

A necessidade e o tempo de tratamento serão determinados pelas manifestações, locais de acometimento e principalmente estado imunológico da pessoa que está doente.

São três as situações:

Imunocompetentes com infecção aguda:
- Somente comprometimento gânglionar: em geral não requer tratamento.
- Infecções adquiridas por transfusão com sangue contaminado ou acidentes com materiais contaminados, em geral são quadros severos e devem ser tratados.
- Infecção da retina (corioretinite): devem ser tratados.

Infecções agudas em gestantes:
- Devem ser tratadas pois há comprovação de que assim diminui a chance de contaminação fetal
- Com comprovação de contaminação fetal: necessita tratamento e o regime de tratamento pode ser danoso ao feto, por isso especial vigilância deve ser mantida neste sentido.

Infecções em imunocomprometidos:

- Estas pessoas sempre devem ser tratadas e alguns grupos, como os contaminados pelo vírus HIV-1, devem permanecer tomando uma dose um pouco menor da medicação que usaram para tratar a doença por tempo indeterminado. Discute-se, neste último caso a possibilidade de interromper esta manutenção do tratamento naqueles que conseguem recuperação imunológica com os chamados coquetéis contra a AIDS.

COMO SE PREVINE?

Como a principal forma de contaminação é via oral, de uma forma geral a prevenção deve ser feita:

Pela não ingestão de carnes cruas ou mal-cozidas.
Comer apenas vegetais e frutas bem lavados em água corrente.
Evitar contato com fezes de gato.

As gestantes, além de evitar o contato com gatos, devem submeter-se a adequado acompanhamento médico (pré-natal). Alguns países obtiveram sucesso na prevenção da contaminação intra-uterina fazendo testes laboratoriais em todas as gestantes.

Em pessoas com deficiência imunológica a prevenção pode ser necessária com o uso de medicação dependendo de uma análise individual de cada caso.



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GESTAÇÃO E QUEIXAS MAIS FREQÜENTES

GESTAÇÃO E QUEIXAS MAIS FREQÜENTES

A maioria das queixas apresentadas a seguir diminui ou desaparece sem o uso de medicamentos.

Os medicamentos devem ser evitados ao máximo. Caso essas queixas não desapareçam ou sejam persistentes podem ser manifestações de doenças mais complexas.

Náuseas e vômitos

São comuns no início da gestação. Quando ocorrem no final da gestação podem estar associados a doenças importantes, devendo ser sempre comunicado ao seu médico.

As orientações para a gestante são as seguintes: fracionar a dieta (comer mais vezes e menos a cada vez), evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiro forte ou desagradável; evitar líquidos durante as refeições e ingerí-los de preferência nos intervalos.

Quando os sintomas forem muito freqüentes seu médico irá avaliar a necessidade do uso de medicações.

Pirose - azia - queimação

É comum a partir do segundo trimestre da gestação. Geralmente melhora com dieta fracionada, diminuindo as frituras, café, chá, pimenta, chimarrão, álcool e fumo.

Medidas gerais como não deitar após as refeições e elevar a cabeceira do leito também são benéficas.

A critério médico, a gestante poderá fazer uso de medicamentos.

Sialorréia - excesso de saliva

Muito comum no início da gestação, orienta-se deglutir a saliva e seguir mesmo tratamento indicado para náuseas e vômitos.

Fraquezas e desmaios

Podem acontecer após mudanças bruscas de posição e também quando a gestante ficar sem se alimentar.

Gestantes não devem fazer jejum prolongado.

Geralmente deitar de lado (esquerdo preferencialmente) respirando calma e profundamente melhora a sensação de fraqueza e desmaio.

Hemorróidas

São comuns principalmente nos últimos três meses de gestação, após o parto e também em gestantes que já apresentavam o problema antes da gravidez.

As gestantes devem procurar manter o hábito intestinal regular (manter o intestino funcionando bem). Sempre que as fezes estiverem endurecidas, causando dificuldade para evacuar, as hemorróidas podem sangrar ou doer.

Dietas ricas em fibras e a ingestão de líquidos auxiliam o funcionamento dos intestinos.

Corrimento vaginal

O aumento do fluxo vaginal (leucorréia, corrimento) é comum em gestantes. O fluxo vaginal normal não causa coceira, mau cheiro, ardência ou dor nas relações.

Consulte seu médico se apresentar os sintomas acima.

Quando ocorre ruptura da bolsa das águas (um dos sinais de parto) a paciente pode referir aumento do corrimento vaginal. É sempre necessário avisar seu médico quando houver suspeita de ruptura da bolsa com saída de líquido amniótico.

Queixas urinárias

O aumento do número de micções é comum na gestação, principalmente no início e no final da gestação por aumento uterino e compressão da bexiga. Como a infecção urinária é mais comum em gestantes, sempre que houver ardência para urinar, dor, sangue na urina ou febre seu médico deve ser comunicado.

Falta de ar - dispnéia - dificuldade para respirar

O aumento do útero e o aumento da freqüência respiratória da gestante podem ocasionar esses sintomas. Geralmente o repouso, deitada de lado, alivia a sensação de falta de ar. Se houverem outros sintomas associados (tosse, febre, inchaço) pode haver doença cardíaca ou respiratória associada.

Dor nas mamas

As mamas aumentam de volume durante a gestação o que freqüentemente causa dor.

A gestante deverá usar um sutiã com boa sustentação. O exame das mamas geralmente descarta problemas mamários mais graves.

Dor nas costas - dor lombar - dor articular

Durante a gestação as articulações ficam com maior mobilidade e isto freqüentemente ocasiona dores nas costas e em articulações como o joelho e o tornozelo.

As gestantes geralmente têm uma postura que provoca dores nas costas (aumento da lordose lombar - colocar a barriga para frente e o quadril para trás). O aumento excessivo de peso também aumenta a incidência de dores osteoarticulares.

Como prevenir:

evitar aumento excessivo de peso
fazer exercícios regularmente
manter uma postura adequada
evitar uso de saltos altos e desconfortáveis

Dor de cabeça - cefaléia

Dores de cabeça mais freqüentemente estão associadas a tensões, conflitos e temores, entretanto podem estar associadas a doenças mais sérias. Sempre deve ser afastada a presença de pressão alta. Seu médico avaliará a necessidade do uso de medicações.

Sangramento nas gengivas

Durante a gestação é mais comum o sangramento de mucosas (nasal, gengival) pois, além de uma maior vascularização nas mucosas, seus pequenos vasos sangüíneos ficam mais frágeis. A causa mais freqüente de sangramento gengival é a inflamação crônica da gengiva.

A gestante deve escovar os dentes com escova macia, massagear a gengiva e passar fio dental. Esse sintoma deve ser relatado a seu médico (ocasionalmente pode estar associado a outros problemas da coagulação do sangue) e ao dentista.

Edema na pernas - inchaço

Principalmente no final da gestação ocorre inchaço de membros inferiores. Quando não estiver associado à perda de proteínas na urina e à pressão alta geralmente reflete o acúmulo de líquido característico da gestação.

Existem posições que dificultam o retorno venoso (volta do sangue das pernas para o coração). Gestantes com edema não devem ficar em pé (paradas) ou sentadas durante muito tempo. É recomendável exercitar as pernas (caminhar).

O edema diminui na posição deitada (preferencialmente sobre o lado esquerdo) e também com a elevação das pernas acima do nível do coração.

Outra medida importante é retirar anéis dos dedos da mão, pois ocasionalmente ocorre edema nas mãos e dificuldade de retirada desses adornos.

Cãibras

Podem ocorrer durante a gestação, geralmente após excesso de exercício.

Quando ocorre, o músculo deve ser massageado, podendo-se aplicar calor no local.

Cloasma gravídico - manchas no rosto - asa de borboleta no rosto

Manchas escuras na pele podem ocorrer durante a gestação. Essas costumam diminuir em até 6 meses após o parto, entretanto em algumas mulheres persistem.

São manchas semelhantes àquelas que ocorrem pelo uso de anticoncepcional oral. Gestantes que apresentam essas manchas devem evitar a exposição ao sol.

Estrias

As estrias são resultado da distensão dos tecidos. Modo eficaz de preveni-las não existe. Não engordar muito é importante para diminuir sua incidência, entretanto existe predisposição individual a apresentar estrias.

Ainda que controverso, recomenda-se massagem com substâncias oleosas nos tecidos mais propensos a estrias (abdômen, mamas e coxas).

Seu médico poderá lhe indicar um creme para massagear a pele.

Sobre o mamilo não devem ser aplicados cremes. As estrias são inicialmente arroxeadas e com o tempo ficam branquicentas.


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GESTAÇÃO E PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS

GESTAÇÃO E PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS

A gestação provoca alterações importantes na fisiologia da respiração. Mudanças mecânicas, como o aumento do volume uterino, e metabólicas (alcalose respiratória) alteram a função respiratória.

Devido a isso até 60% das grávidas sem doença pulmonar, têm dispnéia (dificuldade respiratória) que, geralmente, não produz restrição às atividades da gestante.

Essa dispnéia durante a gestação tem sido atribuída a percepção da gestante da hiperventilação normal da gestação (aumento da freqüência respiratória - nº de movimentos respiratórios por minuto) como inadequada.

ASMA
TUBERCULOSE

ASMA

O QUE É?

Asma é uma doença crônica, incompletamente conhecida, que se caracteriza por vias aéreas hiper-reativas com espasmo brônquico e aumento das secreções (muco) dentro das vias aéreas.

Apesar da asma ser considerada uma doença crônica, ataques de asma ocorrem quando a paciente entra em contato com alergenos, produtos químicos, infecções, variações bruscas da temperatura, etc.

A gravidade da doença varia, mas na maioria das vezes é controlada com medicações.

O QUE SE SENTE?

A gestante com asma tem os mesmos sintomas das pacientes não gestantes. Geralmente ocorre respiração curta, falta de ar, chiado no peito (sibilos), tosse e secreção. Ataques de asma podem afetar a função pulmonar, pois a quantidade de oxigênio que chega até o sangue diminui, diminuindo também o fluxo placentário.

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?

A asma se apresenta como uma falta de ar aguda, sibilos e tosse. Existe comumente uma história de episódios similares no passado.

A ausculta do tórax revela em geral aumento da fase expiratória com sibilos (chiado) generalizados.

ASMA NA GESTAÇÃO

Os efeitos da gestação na asma ou vice-versa são variáveis. Durante a gestação a asma pode apresentar melhora, ficar inalterada ou piorar.

Aproximadamente um terço das pacientes asmáticas piora durante a gestação. Quanto mais grave for a asma antes da gestação maior a chance de piorar durante a mesma. Quando em gestações anteriores a asma piorou é de se esperar piora em futuras gestações.

EFEITOS SOBRE O FETO

Asma leve ou asma controlada com medicações parece não trazer riscos para o feto.

Ataques de asma e asma grave diminuem a oxigenação fetal estando relacionados a prematuridade e baixo peso ao nascer.

O controle da asma grave reduz a mortalidade perinatal.

COMO SE PREVINE?

Pacientes asmáticas devem evitar os fatores que desencadeiam a crise como alergenos, frio, exercício, infecções. Pacientes asmáticas que necessitem controle com medicação devem fazê-lo rigorosamente.

COMO SE TRATA?

O tratamento da asma é realizado normalmente com medicações da classe dos broncodilatadores, xantinas, corticosteróides. As medicações podem ser administradas por via oral ou via inalatória.

Apesar da maioria das medicações para asma poderem ser utilizadas durante a gestação, você deve consultar seu médico quanto ao uso de qualquer medicação durante a gestação.[volta]

TUBERCULOSE (TBC)

Atualmente existe um aumento da incidência de tuberculose (TBC) em mulheres e homens em idade reprodutiva, o que acarreta a maior probabilidade de diagnosticarmos TBC durante a gestação.

A transmissão e a evolução da tuberculose na gestação é similar a de não gestantes.

Mulheres grávidas com TBC que fazem o tratamento adequado têm o mesmo prognóstico que mulheres não grávidas e também o mesmo prognóstico para a evolução da gestação que gestantes sem TBC.

As medicações de primeira linha utilizadas na TBC, apesar de cruzarem a placenta não se mostraram teratogênicas (que provocam malformações). Medicações de segunda linha, entretanto, podem ser teratogênicas. [volta]

VOCÊ DEVE CONSULTAR SEU MÉDICO QUANTO AO USO DE QUALQUER MEDICAÇÃO DURANTE A GESTAÇÃO

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GESTAÇÃO E HIPERTENSÃO

GESTAÇÃO E HIPERTENSÃO

Sinônimos:
hipertensão na gestação, pré-eclâmpsia, toxemia gravídica, pressão alta da gestação, eclâmpsia, hipertensão crônica associada à gestação.

O QUE É HIPERTENSÃO NA GESTAÇÃO?


Sempre que houver pressão alta (níveis de pressão maiores que 140/90) em gestantes. A hipertensão induzida pela gestação refere-se ao aparecimento da hipertensão em conseqüência da gestação, ocorrendo após as 20 semanas de gestação e desaparecendo até 6 semanas após o parto.

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?

Através da pressão arterial diastólica (mínima) igual ou superior a 90 mmHg ou o aumento da pressão arterial acima de 15 mmHg do valor medido antes de 20 semanas de gestação.

Quando a hipertensão na gravidez estiver associada a perda de proteínas pela urina (proteinúria), teremos um quadro chamado PRÉ -ECLÂMPSIA ou TOXEMIA GRAVÍDICA.

O conceito de PRÉ -ECLÂMPSIA ou TOXEMIA GRAVÍDICA é o aparecimento de hipertensão arterial acompanhada de proteinúria em gestação acima de 20 semanas, podendo haver ou não edema (inchaço) nas pernas, rosto e mãos.

Hipertensão é o aumento dos níveis tensionais acima de 140 x 90 mmHg. A pressão arterial deve ser medida com a paciente sentada e confirmada após período de repouso em 3 medidas.

Proteinúria significativa é aquela com valores iguais ou maiores a 300 mg de proteína na urina coletada durante 24 horas.

O diagnóstico é clínico e laboratorial: medida da pressão arterial, pesquisa de edema (inchaço) e dosagem de proteínas na urina.

"A MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL É UMA DAS INTERVENÇÕES MAIS IMPORTANTES DURANTE O PRÉ-NATAL"

A pré-eclâmpsia pode ser grave se houver algum dos achados abaixo:

pressão arterial diastólica igual ou maior que 110mmHg
presença de mais 2,0 g de proteínas na urina de 24 horas
diurese (volume de urina) inferior a 500 ml/dia ou 15 ml/hora;
níveis séricos de creatinina maiores que 1,2 mg/dl
dor de cabeça importante, vômitos e visualização de escotomas (estrelinhas)
sinais de falência cardíaca (falta de ar, cansaço, aumento do número de batimentos cardíacos)
dor abdominal, principalmente sobre a região do fígado
diminuição do número de plaquetas no sangue e distúrbio dos fatores responsáveis pela coagulação
aumento de enzimas hepáticas presença de líquido amniótico em quantidade diminuída e feto pequeno para a idade gestacional (menor do que o esperado).

Fatores de risco para mulher apresentar pré-eclâmpsia:

primeira gravidez
história de familiares com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia
ter apresentado pré-eclâmpsia em gestação anterior
ser a gestação gemelar
ter hipertensão arterial crônica, nefropatia, lupus ou diabetes
gestação com parceiro diferente

O QUE É ECLÂMPSIA?

Eclâmpsia é o aparecimento de convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas (como derrame cerebral ou intoxicação por drogas) em pacientes com quadro de pré-eclâmpsia. Pacientes com pré-eclâmpsia podem evoluir para eclâmpsia.

COMO SE TRATA?

No manejo destas pacientes leva-se em consideração a idade gestacional (tempo de gestação) e a gravidade da pré-eclâmpsia (leve, grave ou eclâmpsia) para que se escolha a conduta mais adequada. O tratamento definitivo é a interrupção da gestação, entretanto algumas vezes é possível aguardarmos o amadurecimento do feto para realizar o parto.

Pré-eclâmpsia leve com feto a termo: interrupção da gestação e indução do parto, se possível 

Pré-eclâmpsia leve com feto prematuro: repouso, controle de pressão arterial, avaliação fetal e exames seriados visando identificação da piora do quadro 

Pré-eclâmpsia grave com feto a termo: equilibrar condições maternas, se necessário e após interromper a gestação 
Pré-eclâmpsia grave com feto prematuro: avaliação materna e do bem estar fetal seriada, uso de corticosteróides para ajudar o amadurecimento do pulmão fetal e interromper a gestação

Eclâmpsia com feto a termo ou pré-termo: A conduta na eclâmpsia visa inicialmente tratar as convulsões e os distúrbios metabólicos maternos e logo após a gestação deve ser interrompida.
Nos países desenvolvidos a doença hipertensiva da gestação é a principal causa de mortalidade materna.

O QUE É SÍNDROME HELLP?

É uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas) que ocorre com o agravamento do quadro de pré-eclâmpsia. HELLP é uma sigla cujo significado é: H: hemólise (fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação); EL: alteração das provas de função hepática (elevated liver functions tests) e LP: diminuição do número de plaquetas (células que auxiliam na coagulação) circulantes (low platelets count). Quando uma gestante com pré-eclâmsia apresenta alterações laboratoriais ou clínicas compatíveis com hemólise, alteração das enzimas hepáticas e diminuição das plaquetas está com a SÍNDROME HELLP.

O tratamento da síndrome HELLP é a correção dos distúrbios maternos permitindo que a gestação seja interrompida de forma mais segura possível, independente da idade gestacional. Esta síndrome está associada a um mau desfecho materno e fetal, com complicações maternas graves como edema agudo de pulmão, falência cardíaca, insuficiência renal, CIVD (coagulação intravascular disseminada) com hemorragias importantes, ruptura do fígado e morte materna.

O QUE É HIPERTENSÃO CRÔNICA ASSOCIADA À GESTAÇÃO?

A HIPERTENSÃO na gestante é CRÔNICA quando ocorre antes de 20 semanas de gestação, quando já havia sido diagnosticada previamente a gestação e quando a hipertensão não desaparece até 6 semanas após o parto.

A HIPERTENSÃO CRÔNICA pode ser essencial (não se conhece a causa), de origem renal, vascular (coarctação da aorta) e endócrina (doenças da supra-renal).

Durante a gestação os níveis de pressão costumam diminuir. Se a paciente for hipertensa crônica e engravidar seus níveis pressóricos poderão diminuir ou não. É importante conhecer os níveis pressóricos antes da gestação. Este diagnóstico é fácil de ser realizado pelo seu médico.

Pacientes hipertensas devem consultar seu médico para serem avaliadas quanto à gravidade de sua doença e informadas dos problemas que poderão surgir durante a gestação. As hipertensas graves devem estar cientes dos riscos maternos antes da concepção.

Algumas medicações freqüentemente utilizadas por mulheres hipertensas não devem ser utilizadas durante a gestação. Por exemplo, um grupo de anti-hipertensivos chamados inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina) podem levar a alteração da função renal do feto bem como morte fetal. Seu médico deve orientá-la em relação às medicações que podem ser utilizadas para o tratamento da hipertensão na gestação.

"O ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL SISTEMÁTICO É A MELHOR FORMA DE PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES MATERNAS E FETAIS EM PACIENTES HIPERTENSAS"

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GESTAÇÃO E DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

GESTAÇÃO E DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Sinônimos e nomes populares:
Doenças do sexo, doenças pegadas e Gestação/Gravidez

O QUE É?


As doenças sexualmente transmissíveis, quando transmitidas na fase intrauterina e no período perinatal (gestação/parto/puerpério), podem ocasionar doenças importantes no feto, chegando até a morte fetal. A gestante e seu companheiro devem ser questionados quanto à presença ou exposição às doenças sexualmente transmissíveis e aconselhados quanto à prevenção e tratamento. Alguns testes devem ser realizados no pré-natal para o diagnóstico destas doenças.

Exames recomendados:

Sorologia para sífilis: o teste realizado em nosso meio chama-se VDRL. Toda gestante com sífilis deve ser tratada, pois diminui o risco de transmissão transplacentária. Este teste é repetido no segundo e terceiro trimestre.

Teste para Hepatite B (HbsAg): deve ser solicitado a toda gestante na primeira consulta de pré-natal e repetido ao final da gestação (último trimestre) nas gestantes com HbsAg negativo, que têm fatores de risco para a contaminação (mulheres com outras doenças sexualmente transmissíveis, com vários parceiros, usuárias de drogas).

Teste para vírus HIV: deve ser oferecido na primeira consulta pré-natal.

Exame direto

exame para pesquisa de vaginose bacteriana - nas gestantes em risco de desenvolverem trabalho de parto prematuro (aquelas que já tiveram parto prematuro anterior)

GESTAÇÃO E HIV (vírus da imunodeficiência humana)

Sinônimos:

Vírus da Imunodeficiência na gravidez, Vírus da AIDS.

Todas as gestantes devem realizar testes para identificação da infecção pelo vírus HIV. É um exame de rotina na avaliação pré-natal. Este exame é particularmente importante pois existem tratamentos que comprovadamente reduzem a chance de transmissão perinatal (durante a gravidez, parto, amamentação).

Sem tratamento adequado, estima-se que 15 a 30% das crianças nascidas de mães soropositivas para o HIV (mães que são portadoras do vírus) adquirem o vírus durante a gestação, parto ou através da amamentação.

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?

Mediante exame de sangue (soro ou plasma) são identificados anticorpos contra o vírus HIV - Anti-HIV. Testes positivos são reconfirmados.

A identificação de gestantes positivas para o HIV é fundamental para o acompanhamento pré-natal (durante a gestação) e neonatal (logo após o nascimento).

COMO SE TRATA?

Gestantes portadoras do vírus HIV são acompanhadas durante o pré-natal pelo obstetra e infectologista. O tratamento medicamentoso com a medicação AZT diminui o risco de transmissão para o feto.

Recém-nascidos de gestantes positivas para o HIV são tratados após o nascimento.

A mãe deve ser orientada a não amamentar o recém-nascido e a lactação deve ser inibida. Substitutos do leite materno devem ser instituídos.

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