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Lepsog Br: Caso Lula: O prazer mórbido de alguns evangélicos

Lepsog Br: Caso Lula: O prazer mórbido de alguns evangélicos: Estou assustado com o comportamento de alguns dos evangélicos. Bastou a imprensa anunciar que o ex-presidente da República Luiz Inácio da Si...
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23.8.11

Quimeras Humanas ou Quimerismo (GENÉTICA)


Quimeras Humanas

Poderão células geneticamente diferentes coexistir no mesmo organismo?

A Quimera é uma figura da mitologia grega, um monstro com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão ou serpente. Produto da união de Equidna - metade mulher, metade serpente - com o gigante Tífon. Terá sido morta pelo herói coríntio Belerofonte.

Designam-se por quimeras os animais constituídos por mais do que um tipo de células de origem diferente, recorrendo à fértil fonte de imagens que a mitologia grega nos legou. A sua origem resulta de erros no processo de fecundação e subsequente divisão celular. Esses erros podem ocorrer na meiose e gametogénese – formação das células sexuais nas espécies sexuadas -, na fertilização ou no desenvolvimento embrionário.

Mesmo na nossa espécie, há indivíduos com células de dois tipos, ou mesmo mais, contendo informação genética diferente. Como é que isso ocorre?

Tradicionalmente, os manuais explicavam que, quando um espermatozóide se fundia com a membrana celular do óvulo, havia uma alteração das propriedades da membrana que impedia que qualquer outro espermatozóide se ligasse ao mesmo óvulo. Isso é, de facto, o que acontece na maior parte das situações. Mas, nem sempre.

Aqui temos o caso em que uma teoria estabelecida foi parcialmente refutada pelos factos, o que implicou a sua revisão – algo em que a ciência é fértil, para surpresa dos seus detractores.

Por exemplo, pode suceder que um indivíduo tenha um único tipo de genes maternos, mas dois tipos de genes paternos, em resultado de o óvulo ter sido fertilizado por dois espermatozóides do mesmo pai, situação designada por triploidia (as nossas células são normalmente diplóides, contendo 2n cromossomas: metade de origem materna e metade de origem paterna). Surpreendentemente, esses erros são muito mais frequentes do que se esperava. Graças aos desenvolvimentos da biologia molecular e das técnicas com marcadores genéticos, é hoje possível identificar situações de quimerismo. A triploidia (uma forma de quimerismo) é relativamente frequente na nossa espécie: ocorre em cerca de 1% de todas as concepções. E está presente em mais de 10% de todos os abortos espontâneos. É tudo menos ocasional. O que faz com que o fenómeno seja raramente observado é a reduzida viabilidade dos organismos assim constituídos.

A condição triplóide não é estável e tendem a perder-se parte dos cromossomas, passando à condição de células diplóides. Só que os cromossomas perdidos podem ser diferentes em diferentes células, originando populações de células diferentes no mesmo indivíduo. E há uma série de combinações possíveis.

A negociação da interacção entre estas células geneticamente (embora só parcialmente) diferentes nem sempre é fácil. Podemos imaginar que o sistema imunitário do indivíduo possa atacar parte das suas células por não as reconhecer como suas. Não admira, pois, que a maior parte desses casos seja inviável.

O caso de triploidia recentemente descrito na publicação Human Genetics por Vivienne Souter e colaboradores é extraordinário a vários títulos. O artigo descreve a existência de dois gémeos em que um é aparentemente um rapaz e o outro é um verdadeiro hermafrodita. Estes gémeos têm a mesma informação genética proveniente da mãe, mas apenas partilham metade da proveniente do pai. Esta condição pode ter ocorrido ou por um óvulo que foi fecundado por dois espermatozóides – depois tendo ocorrido a separação das células embrionárias em desenvolvimento num estádio subsequente, como normalmente ocorre na formação de gémeos idênticos -, ou por o óvulo se ter separado em duas células que foram, cada uma, fecundadas por dois espermatozóides.

Esta situação de gémeos que não são monozigóticos nem dizigóticos (falsos gémeos), resultantes de triploidia havia sido prevista em 2003 por um outro investigador (Golubovsky). A sua descoberta veio confirmar que a teoria construída tem poder predictivo: permite prever situações ainda não conhecidas à data da sua formulação.

Trata-se de uma situação extremamente rara. E não fora o facto de um dos gémeos ser hermafrodita teria, porventura, passado despercebida. Porque é que um dos gémeos é hermafrodita e o outro não? Porque a proporção de células XX e de células XY varia de tecido para tecido nos dois gémeos.

A quantidade de erros que podem acontecer no processo de produção de um organismo é imensa. Erros genéticos, erros no processo de desenvolvimento. Muitos desses casos são tão frequentes que não os designamos sequer por erros: são meros variantes. Alguns de nós nascem com um número excessivamente elevado de mutações levemente deletérias, enquanto outros apenas com algumas. E outros há que nascem com apenas uma mutação terrivelmente devastadora. Quais são os mutantes? Somos todos mutantes.

QUIMERISMO
Em zoologia, quimerismo o nome que se dá a um animal que tem duas ou mais populações de células geneticamente distintas que teve origem em diferentes zigotos; se as diferentes células surgiram a partir do mesmo zigoto, é chamado de mosaíco. É rara em seres humanos: registaram-se apenas 40.
Quimeras são formadas a partir de quatro células-mãe (ou dois ovos fertilizados) ou de três células-mãe (um ovo fertilizado se funde com uma ovo infértil ou um ovo fertilizado se funde com um espermatozóide extra). Cada população de células mantém o seu próprio caráter e o animal é uma mistura das correspondidas partes.
EM SERES HUMANOS
O quimerismos em humanos acontece quando dois óvulos fecundados se fundem antes do quarto dia de gestação, misturando as informações genéticas sem que o indivíduo sofra grandes mutações. Se a fusão entre os óvulos ocorrer após o quarto dia, eles produzirão gêmeos xifópagos (siameses).
Dentro dos quatro dias de gestação, se os óvulos fecundados forem do mesmo sexo, o indivíduo nascerá perfeito. Se os óvulos forem de sexos diferentes, o indivíduo nascerá hermafrodita. Nos casos onde os óvulos eram do mesmo sexo, o indivíduo, que não apresentava nenhum tipo de deformidade, pôde viver sua vida inteira sem se dar conta de sua característica incomum, talvez por isso haja tão poucos casos registrados.
Os casos de quimerismos genético se tornaram mais evidentes após a utilização de testes de DNA, os indivíduos portadores de quimerismo, ao ter seu DNA comparado ao de filhos, pais e irmãos mostraram resultados surpreendentes: Em um dos casos, uma mãe ao fazer um testes de paternidade em seus filhos para provar quem era o pai deles, resultou, em um primeiro momento, que a mesma não poderia ser a mãe, mas filhos do suposto pai, sem entender o resultado, os médicos estenderam o exame para os pais e irmãos dessa mãe, de acordo com o segundo exame, os pais da mãe eram realmente os avós, mas o DNA correspondente a parte da mãe era igual a de seu irmão. Dada a impossibilidade de dois homens terem um filho, percebeu-se que havia algo incomum com a mãe, após vários testes de DNA foi comprovado que a mãe era uma quimera genética.
Uma pessoa normalmente carrega 50% da informação genética da mãe e 50% da informação genética do pai, indivíduos que possuem quimerismo carregam 100% da informação genética de ambos e com informações genéticas diferentes em seu próprio corpo. No caso acima, a mulher possuía 100% do DNA de seu pai nos cabelos e nada do de sua mãe, já em um amostra de pele, foi encontrado 100% do DNA da mãe e nenhum traço do DNA do pai. Os filhos dela são normais e carregam 50% do DNA do pai biológico, ou seja, o quimerismo não é hereditário, é apenas um grande fruto do acaso que pode acontecer com qualquer pessoa, você pode ser uma quimera, seus filhos poderão ser e talvez você nunca fique sabendo disso!

IMPLICAÇÕES PARA A LEI
A prova, tratada genericamente, no decorrer do processo constitui o meio formal de se atingir a verdade dos fatos, seja ela constitutiva, impeditiva, modificativa ou mesmo extintiva do pretenso fato alegado pelas partes; contudo, não abandonando sua razão essencial no processo, esta é ponderada pelo julgador, que lançará mão de sua cognição perante o argumento factual melhor apresentado para o desfecho justo da lide.
Neste ínterim, questiona-se: o princípio sistêmico jurídico do livre convencimento do julgador deve ser norteado por sua verdade cognitiva, ou a esta “verdade pessoal”, mesmo que célebre, apurada e axiologicamente neutra cabe ressalvas quando defrontadas às provas periciais, fundamentadas nos mais altos e confiáveis matizes científicos?
A esta questão respondem as honoráveis e rotineiras descobertas e inventos no mundo das ciências; a saber, o quimerismo e o mosaicismo genéticos e seus desdobramentos quanto à confiabilidade dos testes de DNA (ácido desoxirribonucléico), ainda não discutido nos tribunais, em ao menos três situações semelhantes:
a) O quimerismo genético congênito: quando um indivíduo detém dois códigos genéticos distintos, em seu organismo, distribuídos aleatoriamente nos diversos órgãos e tecidos, provenientes da fusão de dois embriões diferentes;
b) O mosaicismo genético: quando ocorre anomalia no processo inicial da divisão celular, um único óvulo fecundado, depois de repetidas subdivisões gera uma seqüência genética distinta e a fundi no mesmo indivíduo;
c) O microquimerismo genético: de maior abrangência, ocorre quando há intercâmbio de células por dois indivíduos; sejam comuns, em gestação normal, entre a mãe e o feto; na gestação de gêmeos dizigóticos; fertilizações in vitro; ou de forma induzida, no tratamento de certas leucemias em pacientes que sofreram transplante de medula óssea.
A pacificada posição, em todas as esferas, do Poder Judiciário quanto à confiabilidade dos testes de DNA assentam-se na possibilidade do julgador a quo considerar o resultado como prova confiável, mas não infalível no esclarecimento da verdade buscada no ato jurisdicional e sua conseqüente justiça.
Contudo, a visão recorrente assenta-se apenas em duas vertentes discutíveis no rumo desta prova cabal: O critério objetivo, na possibilidade real do erro humano, quando da feitura do teste, seja em sua coleta ou análise (negligência, imprudência ou imperícia do laboratório e/ou dos indivíduos envolvidos nas diversas etapas do procedimento) ou fraude (dolo das partes sob quaisquer circunstâncias) e, no critério subjetivo, assentado no livre convencimento do julgador, dada sua análise global do caso concreto, sua complexidade, seu alcance; sejam por fatores econômicos, sociais, ou pelo ideal de justiça na pacificação dos conflitos.
De qualquer modo, existe ao menos mais um foco a ser considerado; sobretudo, nos casos penais onde a presunção de inocência do acusado deve ser alcançada nos princípios, basilares democráticos, da ampla defesa e do contraditório, até o justo veredicto.
O critério a priori, deve considerar a probabilidade da existência da anomalia genética do quimerismo; mesmo que seus dados estatísticos ainda sejam desconhecidos (até então, apenas quarenta casos comprovados em todo mundo, por mero acaso); pois a possibilidade do eventual erro deve ser analisada em todas as suas variabilidades, sob pena de voraz injusto e conseqüente perda da meta do Estado Democrático de Direito.
O erro a priori, portanto, não se assenta no teste em si (feito a posteriori, com técnicas reconhecidamente eficazes como meio investigativo); mas na real e reconhecida possibilidade da metodologia atual ainda desconsiderar a existência do quimerismo genético, apesar dos meios científicos necessários serem, grosso modo, os mesmos já utilizados, diferenciados apenas na complexidade e viabilidade econômica (é necessário retirar amostras de vários órgãos e tecidos do investigado, de seus parentes de primeiro grau, inclusive amostras de alguns órgãos internos).
Desse modo, o erro evidencia-se na hiposuficiência quanto ao universo genético posto sob exame, por falta da prática jurídica ou cifras monetárias estatais; pois as seqüências do DNA separadas para a verificação verdadeiramente atestam, em seus diversos tipos (observados métodos consagrados: PCR: polymerase chain reaction; RFLP: restriction fragment of length polimorphism; e VNTR: variable number tandem repeats), o até agora definido como normal ou regra na espécie humana; todavia, quando da ocorrência das situações de excludências, o que até o momento era considerado o maior dos acertos do teste de DNA: a negativação, torna-se o principal objeto de erro; pois, independente do número de contra-provas e retro-provas efetuadas nas mesmas amostras coletadas (ou amostras do mesmo órgão ou tecido) no indivíduo portador do quimerismo genético, a randomicidade de sua anomalia torna o teste e suas contra-provas e retro-provas um jogo de erros numa probabilidade infinita. O investigador, literalmente, gira em círculos concêntricos.
Sob o ponto de vista lógico atual, as negativações deveriam ser categóricas, enquanto as positivações probabilísticas. Entretanto, o novo fato inverte os pólos de possibilidades e tornam as investigações ainda mais necessárias; dadas as conseqüências, por exemplo, de livrar-se um suspeito de homicídio por falta de compatibilidade genética sua com uma amostra de DNA coletada na cena do crime; ou de um pai ser dispensado da provisão de alimentos por sua exclusão de paternidade, acarretando a perda do direito subjetivo do filho verdadeiro, inclusive à herança e a cruel desmoralização da mulher no final do processo.
Para citar-se um caso concreto registrado em 2002, a exclusão ocorreu com relação à mãe de dois filhos que teve sua “maternidade” questionada em juízo, sob alegação de fraude contra benefícios públicos; além de suspeita como seqüestradora de sua própria prole. A mãe, de 26 anos, Lydia Fairchild, uma quimera genética congênita, ao solicitar um benefício assistencial no Departamento de Serviços Sociais do Estado de Washington, nos Estados Unidos da América, foi requisitada a submeter-se ao teste padrão de confirmação de parentesco via exame de DNA; a surpresa recaiu-lhe quando intimada a prestar esclarecimentos viu-se indiciada, nos crimes citados, e levada a julgamento, no qual lhe sobreveio a dupla sorte do conhecimento desta possibilidade por parte de um dos assistentes da Promotoria, daquele estado, e uma terceira gravidez, que fôra acompanhada de perto pelo juiz do caso, até o nascimento do terceiro filho, sob a vigilância de um oficial de justiça. Neste último, semelhante aos seus irmãos, não havia compatibilidade genética materna. Dissolvendo a dúvida, em parte; pois a inseminação poderia ter sido in vitro.
Dois anos após iniciados os testes de confirmação da anomalia genética, foi-lhe informado que, a identidade genética de seus filhos era compatível com a de seu pai; ou seja, por mais bizarro que pareça, o avô materno era geneticamente “a mãe de seus próprios netos”.
Tal caso e demais possibilidades plausíveis de ocorrência de erros contundentes; devido à vasta gama de fatores provocativos do quimerismo genético, como por exemplo, as inseminações in vitro, ou ainda, a maior incidência dos transplantes de medula óssea; enseja o maior critério possível na feitura dos testes de DNA, independente dos fatores de complexidade e economia envolvidos; haja vista que, tais fatores são historicamente adaptáveis às contingências da sociedade, sobretudo quando provenientes do Poder Judiciário; que não pode se escusar de inaugurar novas fronteiras, admitindo estar sempre “um passo atrás” da sociedade, para lhe assegurar a paz oriunda da justiça.
Apenas as reiteradas solicitações dos julgadores com a formulação de uma nova exigência, sine qua non, da excludências do quimerismo e mosaicismo genéticos nos testes de DNA, podem criar a salutar reengenharia, com critérios mais apuradamente científicos, dos laboratórios de análises genéticas hoje qualificados a este fim.
Essa nova exigência fará, por seu poder multiplicador (vantagem cognitiva), em seus critérios legais, uma reorganização com uma maior profissionalização do setor laboratorial difuso de suma importância provedoral e de confiabilidade das provas periciais obtidas por laudos técnicos de exame genético.
O mero argumento do aspecto econômico oneroso, aludido para a negativa dessa nova necessidade, não pode, ou não deve sobrepor-se aos princípios constitucionais da presunção de inocência, aliado à ampla defesa e ao contraditório. Há de se lembrar que, em passado recente, esses mesmos chavões de onerosidade foram usados ao que atualmente chama-se de teste de nível básico, de método mais rudimentar. Semelhantemente ocorrido com os testes de positivação do HIV nas coletas de sangue e seus derivados; visões ultrapassadas e que, por reiteradas decisões estimularam novas tecnologias, tornando-os mais confiáveis e menos onerosos.
A visão dos Tribunais a respeito da confiabilidade dos testes atuais de DNA deve ser ponderada pelos fatos ora narrados. Em pesquisa no Brasil, foi identificada apenas a recomendação da Portaria doInstituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Portaria S – IMESC – 7, de 29 de agosto de 2006, Publicada no Diário Oficial, em 30 de agosto de 2006); que regulamenta os procedimentos de coleta de material biológico, emissão de laudo e da metodologia utilizada nos exames de investigação de vínculo genético por meio de identificação de polimorfismos de DNA (item 3.4, Anexo 1 – in verbis: “Indivíduos transfundidos com sangue total ou seus derivados ou que receberam transplante de medula óssea nos últimos seis meses anteriores a coleta, devem ter seu exame feito por coleta de sangue e também swab bucal, para que se evite que o laudo seja inconclusivo por situação de quimerismo.").
Os avanços científicos não podem ser descartados, como se não existissem, pela simples diligência de acreditar em vez de saber. Pode ser incômodo abrir mais uma vez a rocha que fecha a caverna; sempre é doloroso abrir-se mão de uma crença; sobretudo quando filha da ciência; mas, como ensina o saber científico, por seus grandes pensadores: “a ciência é o reinado das verdades transitórias”. E este é apenas mais um caso, onde a linearidade e o absolutismo, típicos do positivismo jurídico, produzida via o clássico exemplo dos testes de DNA, como toda “verdade científica” foi posta em sua fase final de transitoriedade.

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ANESTESIOLOGIA


ANESTESIOLOGIA

1) O QUE É ANESTESIA?

Anestesia e uma palavra de origem grega que quer dizer ausência de sensações. Este estado de ausência de dor e outras sensações para a realização tanto de cirurgias quanto procedimentos terapêuticos e diagnósticos podem ser alcançados de várias maneiras, conforme o tipo de cirurgia ou procedimento

2) QUAIS OS TIPOS DE ANESTESIA?

A anestesia pode ser geral, regional ou local e sedação. Na anestesia geral todo o corpo é anestesiado e o paciente fica inconsciente durante todo o procedimento.
Na anestesia regional (peridural ou raquidiana) o anestésico local é injetado próximo da medula espinhal (neuroeixo) . Neste tipo de anestesia você pode ficar acordado ou dormindo, conforme a conveniência.
Na anestesia local, apenas uma pequena região é anestesiada através da injeção de anestésico na região que vai ser operada, sem que ocorra o bloqueio de um nervo específico. Esta técnica é reservada para pequenos procedimentos, como retirada de sinais e cirurgias odontológicas. Na sedação, são utilizadas algumas drogas para a redução da ansiedade e dor para a realização de procedimentos como endoscopia, colonoscopia e outros procedimentos.

3) QUEM É O ANESTESISTA?

O anestesiologista, popularmente chamado de anestesista, é um médico formado pelas Faculdades de Medicina reconhecidas pelo Ministério de Educação e com pós graduação em Anestesiologia. A Sociedade Brasileira de Anestesiologia gradua e regulamenta a atividade, obrigando seus membros a uma atualização periódica.

4) O QUE FAZ O ANESTESIATA?

Além de escolher e aplicar a anestesia adequada para cada caso, o anestesista permanece todo o tempo do procedimento junto com você, controlando sua pressão arterial, ritmo cardíaco, respiração, oxigenação do sangue, temperatura e outras funções vitais, através da observação clínica e de monitores que o auxiliam neste controle. O anestesiata é o guardião de sua vida durante e logo após o procedimento ou cirurgia e estará ao seu lado durante todo o tempo, mesmo que você não perceba ou não lembre de nada após a anestesia.

5) QUANTO TEMPO DURA UMA ANESTESIA?

A anestesia dura o tempo necessário para a realização do procedimento. Para isto, o anestésico é administrado continuamente, juntamente com drogas analgésicas para que você não tenha dor após o término da anestesia.

6) EXISTE ALGUM TESTE PARA SABER SE SOU ALÉRGICO A ANESTESIA?

Não. Não há como realizar algum tipo de teste para saber se você é alérgico a algum anestésico.Felizmente estas reações hoje em dia são raríssimas e todo e qualquer hospital ou clínica dispõem de meios para tratá-las.

7) EU POSSO ESCOLHER MEU ANESTESIOLOGISTA?

Sim, você pode escolher quem irá anestesiá-lo. Entretanto, o seu médico está acostumado a trabalhar com sua equipe de anestesia, o que torna muitas vezes o procedimento mais seguro e rápido.

8) COMO POSSO ME PREPARAR PARA A ANESTESIA?

Em primeiro lugar, não esconda nada do seu medico anestesista. Pergunte,converse e crie confiança. E importante que o paciente e sua família conheçam o anestesiologista com antecedência. Há a possibilidade de consultar com alguém da equipe para que você tire suas duvidas e se sinta tranqüilo para a realização do procedimento.
É importante que você responda corretamente a ficha de avaliação pré-operatória e que respeite as orientações quanto ao tempo de jejum.Não use cosméticos ou produtos de beleza no dia da operação e deixe em casa jóias, relógios, brincos, anéis, pulseiras ou grampos de cabelo. Informe também sobre a utilização de drogas, lícitas ou não. Estas informações são importantes e serão mantidas no mais absoluto sigilo.

9) O QUE É SALA DE RECUPERAÇÃO?

A sala de recuperação é o local para onde você irá após o término do seu procedimento. Assim que termina seu procedimento ou cirurgia, você será levado pelo seu anestesista para a sala de recuperação onde permanecerá por um período variável de alguns minutos a algumas horas. Durante este tempo você estará sob cuidados de funcionários preparados para cuidar de sua recuperação até que você esteja em condições de ter alta para seu quarto ou sua casa.

10) O QUE VOU SENTIR APÓS A ANESTESIA?

Isto está na dependência do tipo de anestesia, da cirurgia e das condições clínicas do paciente. Com o advento de modernas técnicas e drogas , o despertar da anestesia normalmente se dá de forma gradual e sem grandes desconfortos. Os sintomas mais comuns neste período são náuseas, vômitos e dor. Medicamentos estarão prescritos para tratar estes e outros desconfortos.

11) QUAL O RISCO DE UMA ANESTESIA?

De um modo geral, eles são muito raros. Com o uso de monitores, técnicas e medicamentos modernos a anestesia tornou-se um procedimento bastante seguro. É claro que estes riscos estão na dependência do tipo de cirurgia e das condições clínicas do paciente.

12) POR QUE O MEDO DA ANESTESIA?

A anestesia é uma ciência bastante recente e, até poucas décadas atrás, associada à um elevado percentual de complicações. Atualmente ela é comparável a uma viagem de avião, uma vez que milhares de anestesias são realizadas diariamente e os poucos acidentes que ocorrem são noticiados com algum sensacionalismo. 

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ABC da Alimentação Saudável

ABC da Alimentação Saudável


Uma alimentação, quando adequada e variada, previne deficiências nutricionais, e protege contra doenças infecciosas, porque é rica em nutrientes que podem melhorar as defesas do organismo. Nutrientes são compostos químicos encontrados nos alimentos que têm funções específicas, funcionam associadamente, e se dividem em:
Macronutrientes:
  carboidratos, proteínas e lipídeos;
Micronutrientes:
  vitaminas e sais minerais.
CARBOIDRATOS

De uma forma geral, todos os grupos de alimentos exceto as carnes, os óleos, as gorduras e o sal, possuem carboidratos. Estes podem ser:
Simples: como os açúcares e o mel: Os açúcares simples não são necessários ao organismo humano, pois apesar de ser fonte de energia, esta pode ser adquirida por meio dos carboidratos complexos. Sendo assim, é importante diminuir as quantidades de açúcares simples adicionados aos alimentos.
Complexos: presentes principalmente nos cereais (arroz, pão, milho), tubérculos (batata, beterraba) e raízes (mandioca, inhame), os quais representam a mais importante fonte de energia e, por esta razão, recomenda-se o consumo de seis porções diárias desse tipo de alimento, o que representa em torno de 60% do total de calorias ingeridas.

FIBRAS

Uma alimentação saudável deve incluir os carboidratos complexos e fibras alimentares em maior quantidade do que os carboidratos simples. Na sua forma integral, a maioria dos alimentos vegetais como grãos, tubérculos e raízes, as frutas, verduras e legumes contêm fibras, as quais são benéficas para a função intestinal, reduzem o risco de doenças cardíacas, entre outros diversos benefícios.

A quantidade de fibras na alimentação é uma medida de uma alimentação saudável. As frutas, legumes e vegetais são ricos em vitaminas, minerais e fibras, necessitando-se consumir, diariamente, três porções de frutas e três porções de legumes e verduras. É importante variar o consumo desse tipo de alimento, tendo em vista que o consumo regular e variado, juntamente com alimentos ricos em carboidratos menos refinados (pães e arroz integrais), oferecem quantidade significante de vitaminas e minerais, aumentando a resistência a infecções. Além das vitaminas e minerais, as verduras e os legumes também contêm componentes bioativos, alguns dos quais especialmente importantes para a saúde humana, podendo reduzir o risco de doenças, inclusive as doenças cardíacas e o câncer.

PROTEÍNAS

moderadamente, devido ao alto teor de gorduras saturadas e colesterol.
Origem vegetal: leguminosas como feijão, soja, grão-de-bico, lentilha, são alimentos fundamentais para saúde, por serem um dos alimentos vegetais mais ricos em proteínas. Entretanto, estas proteínas são consideradas incompletas, ao contrário das proteínas de origem animal, necessitando então, de combinações de alimentos que completem entre si os aminoácidos, tornando-se combinações de alto valor protéico como, por exemplo, a combinação de duas partes de arroz para uma parte de feijão.

Origem animal: carnes, leite e derivados, aves, peixes e ovos são proteínas completas, ou seja, contêm todos os aminoácidos de que os seres humanos necessitam para o crescimento e manutenção do corpo. São também, entre outros nutrientes, importantes fontes de proteína de alto valor biológico sendo, assim, necessário o consumo diário de três porções de leites e derivados e de uma porção de carnes, peixes ou ovos. As carnes selecionadas para o consumo devem ser aquelas com menor quantidade de gordura (magras, sempre retirando as peles e gorduras visíveis), sendo consumidas 

FERRO E CÁLCIO

As carnes em geral, principalmente os miúdos e vísceras, possuem alta biodisponibilidade de ferro, ou seja, a quantidade de ferro ingerida que será efetivamente utilizada pelo organismo é significativamente grande. O leite e seus derivados, além de fonte de proteínas e vitaminas, são as principais fontes de cálcio da alimentação. Este nutriente é fundamental para a formação e manutenção óssea ao longo da vida, prevenindo futuras complicações como a osteoporose.

GORDURAS

Lipídeos: As gorduras são de diferentes tipos, e podem ou não ser prejudiciais à saúde, dependendo do tipo de alimento. A gordura saturada está presente em alimentos de origem animal, e seu consumo deve ser moderado. As gorduras trans que são obtidas pelo processo de industrialização dos alimentos, a partir da hidrogenação de óleos vegetais, são prejudiciais à saúde. O consumo excessivo deste tipo de alimento pode acarretar doenças cardiovasculares, excesso de peso, obesidade, entre outras. As gorduras insaturadas, presentes nos óleos vegetais, não causam problemas de saúde, exceto se forem consumidas exageradamente. São fontes de ácidos graxos essenciais, ou seja, podem ser produzidos pelo organismo, sendo assim necessárias para a manutenção da saúde.

Colesterol: O colesterol é uma gordura que está presente apenas em alimentos de origem animal, e é componente estrutural de algumas partes do organismo humano, sendo ele capaz de sintetizar o suficiente para cobrir as necessidades metabólicas, não sendo indicado o consumo desse composto. O alto consumo deste pode acarretar doenças cardiovasculares.

SAL

O sal de cozinha - cloreto de sódio - utilizado como tempero e conservação de alimentos, contém sódio em sua composição, bem como outro tempero atualmente muito utilizado, o glutamato de sódio - este mineral quando consumido em excesso é prejudicial à saúde. Sendo assim, recomenda-se a redução no consumo de alimentos com alta concentração de sal, como temperos prontos, caldos concentrados, molhos prontos, salgadinhos, entre outros.

ÁGUA

A água é um nutriente indispensável ao funcionamento do organismo; a ingestão de, no mínimo, dois litros diariamente é altamente recomendada. Ela desempenha papel fundamental na regulação de muitas funções vitais do organismo, incluindo regulação da temperatura, transporte de nutrientes e eliminação de substâncias tóxicas. Recomenda-se a ingestão de 6 a 8 copos de água por dia.

ATIVIDADE FÍSICA

É muito importante a prática de exercícios físicos regularmente, aliada a uma alimentação saudável, o que previne o sobrepeso e a obesidade, além de trazer benefícios para saúde mental e emocional. As pessoas fisicamente ativas são profissionalmente mais produtivas, e desenvolvem maior resistência a doenças.
Para ter uma vida saudável, associe sempre uma alimentação equilibrada, com o consumo de água e a prática de atividades físicas regularmente. Assegurando, assim, o aumento da imunidade, o peso ideal e a prevenção de doenças. 

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A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI)


A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI)

Doenca de Ekbom

O QUE É?

É uma doença crônica, trata-se de desordem sensorial, que se caracteriza por sensaçao de muito desconforto, parestesias (sensações subjetivas, de frio, calor, formigamento, pressão, etc.) que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação) nas pernas, principalmente, quando se esta em repouso. Afeta em torno de 15% da população adulta. Seu diagnóstico é importante, pois o tratamento é capaz de proporcionar alivio para aqueles que são afetados por este incômodo mal. Apresenta leve predominio no sexo feminino.

O QUE SE SENTE?

Manifesta-se por desconforto nos membros. As pessoas descrevem estas sensações como: fisgadas, intensas coceiras, que somente são aliviadas com movimentos de flexão, de extensão ou cruzamento das pernas. Essas manifestações costumam interferir com a qualidade do sono. A síndrome das pernas inquietas pode tornar difícil iniciar o sono e manter-se dormindo. Pessoas com síndrome das pernas inquietas não têm tempo suficiente de sono, podendo sentir-se cansadas e sonolentas durante o dia, o que torna difícil a concentração, interferindo no trabalho, estudo, e mesmo nas atividades cotidianas e, até mesmo, dando mau humor.
Tanto a frequência como a intensidade das manifestações são variáveis. Um determinado paciente pode ficar sem manifestações por longos períodos e outro poderá ser acometido muitas vezes durante um mesmo dia. A doença pode surgir em qualquer idade; entretanto, é mais comum seu aparecimento até os 40 anos. Os sintomas das pernas inquietas podem provocar um grande impacto negativo na vida do seu portador:

COMO SE ADQUIRE?

E provável que a heranca tenha papel muito importante na gênesis da síndrome, embora outras patologias como anemia ferropênica e polineuropatia sejam importantes fatores.
Há dois tipos de síndrome das pernas inquietas: 

Síndrome das Pernas Inquietas(SPI) idiopática. É o mais comum. Após se manifestar uma vez, geralmente, torna-se para toda a vida. Com o passar do tempo, os sintomas tendem a piorar e a ocorrer com maior frequência.

Síndrome das Pernas Inquietas Secudária.

Esse tipo é causado por outra doença ou condição médica, e algumas vezes por certos medicamentos. Os sintomas podem desaparecer quando a doenca básica é curada ou se para de tomar o medicamento desencadeante.
CAUSAS DA SINDROME DAS PERNAS INQUIETAS IDIOPÁTICAS

Nos casos de síndrome das pernas inquietas idiopática, a causa não é encontrada.
Causas da Síndrome das Pernas Inquietas Secundária
A síndrome das pernas inquietas secundária é causada por certos medicamentos ou por outra doença . Algumas doenças e condições médicas que podem causar a síndrome das pernas inquietas secundária são:
 

Deficiência de ferro, com ou sem anemia.

Insuficiência renal.

Diabetes.

Mal de Parkinson.

Danos ao nervos das mãos ou pés.

Artrite reumatóide.

Gravidez (surge no último trimestre e costuma desaparecer semanas após o parto).
CRITÉRIOS INTERNACIONAIS MÍNIMOS DE SPI
 

desejo de movimentar os membros, geralmente associado à parestesia (sensações cutâneas subjetivas - frio, calor, formigamento, pressão cutanea - vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulo, ou à disestesia ( distúrbio neurológico caracterizado pelo enfraquecimento ou alteração na sensibilidade dos sentidos) sensações que ocorrem espontaneamente durante o despertar.

inquietude motora: os pacientes durante a vigília se mexem para aliviar os sintomas de parestesia ou disestesia ou de desconforto nas pernas.

sintomas pioram ou estão presentes só no repouso.

sintomas pioram no fim do dia ou à noite.
Outras Características Clínicas 


Distúrbios do sono e suas consequências.

Movimentos periódicos dos membros durante o sono e movimentos involuntários em vigília e em repouso.

Exame neurológico e eletroneuromiografia normais nas formas idiopáticas. As formas secundárias apresentam as evidências clínicas e laboratoriais de acordo com a etiologia.

História familiar algumas vezes presente e sugerindo a herança autossômica dominante.
TESTE DIAGNÓSTICO

O paciente é mantido imóvel no leito, com as pernas em hiperextensão. Esse método desencadeia sensações parestésicas e movimentos periódicos de membros em 81% dos pacientes com SPI, sendo feito registro eletroneuromiográfico do músculo tibial anterior. Outros
Alguns procedimentos diagnósticos são relevantes para os casos relacionados a distúrbios hematológicos (ferro, ferritina, transferiria, vitamina B12, folato), renais crônicos, e nos casos de suspeitas específicas, exames como a eletroneuromiografia, provas reumatológicas, exames vasculares, etc deverão ser apropriadamente solicitados.

TRATAMENTO.

O tratamento da síndrome das pernas inquietas visa aliviar os sintomas, melhorar a qualidade do sono e tratar ou corrigir a condição que pode estar causando a síndrome. Várias drogas drogas podem ser empregadas para o controle dos sintomas.O tratamento deve ser iniciado quando os sintomas são graves durante o dia ou interferem no sono. O controle dos sintomas pode trazer real melhora na qualidade de vida.
Os aspectos relativos ao tratamento são controversos. Não existe medicamento específico para o tratamento da SPI.
A American Academy of Sleep Medicine reconhece que os agentes dopaminérgicos são as drogas que melhor resultado oferecem no tratamento da SPI.
Os tipos de tratamento incluem mudanças de hábitos e/ou medicamentos. As mudanças de hábitos que podem aliviar os sintomas da síndrome das pernas inquietas são: 

Evitar álcool, cafeína, fumo e alguns medicamentos (certos antidepressivos, remédios contra náusea, anti-psicóticos e anti-histaminas).

Adotar bons hábitos de sono: manter o quarto quieto, escuro e confortável; usar o quarto para dormir e não para ver tv, usar computador e outras atividades; ir dormir e acordar nos mesmos horários.

Seguir um programa de exercícios físicos moderados.
SPI EM CRIANCAS E ADOLESCENTES

Em adolescentes, a SPI secundária à baixa reserva de ferro está associada muitas vezes com insônia inicial grave e movimentos periódicos de membros. Em crianças, os sintomas de SPI e movimentos periódicos de membros não são específicos assim como dores de crescimento, sono não repousante, insônia e sonolência diurna, frequentemente não são percebidos pelos pais. Sugere-se também a correlação entre SPI e hiperatividade com déficit de atenção, bem como a íntima relação entre anemia (baixos níveis de ferro e ferritina séricos) e SPI e a melhora clínica com a ferro-terapia. 


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